Cheida admite problemas mas mantém o otimismo

Ao assumir a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), na última quinta-feira, Luís Eduardo Cheida reconheceu que não terá uma tarefa fácil no cargo. Problemas como o desmatamento e o cuidado com as bacias hidrográficas e lençóis freáticos rondam ações imediatas. Em apenas trinta anos, o Paraná chega em terceiro lugar em área devastada, com 84.609 hectares, restando 0,8% de floresta de araucária.

Apesar das dificuldades, o novo secretário se mantém otimista e citou, durante o discurso de posse, que as principais metas da sua gestão à frente da secretaria será a retomada do reflorestamento no Estado, a despoluição das bacias hidrográficas e lençóis freáticos, o saneamento dos resíduos sólidos e líquidos e o esgotamento sanitário. “Para cuidar do ambiente é necessário tratar questões sociais como a fome e a miséria e que isso é responsabilidade de todos”, defende. “Esse cuidado compromete a qualidade de vida das próximas gerações.”

A maior dificuldade encontrada pelo secretário foi a falta de agilidade no atendimento público, por parte do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), bem como a falta de qualidade e segurança ao contribuinte. Para isso a nova secretaria vai trabalhar com a valorização e avaliação do desempenho do funcionário, estabelecendo prazos máximos de respostas aos ofícios e demais solicitações que chegam à secretaria. Órgãos como a Suderhsa (Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental), IAP e Sanepar terão que se adequar à nova política. Parcerias com a Copel e Emater, entre outras, serão priorizadas a fim de dar exemplo à sociedade e demais órgãos com uma posição ambientalmente adequada.

Novidade

Duas resoluções foram estabelecidas na Sema: a primeira suspendendo o pagamento de parcela de contratos e convênios firmados na gestão anterior, por trinta dias, e a segunda instituindo um grupo de trabalho para avaliar os contratos e convênios pela Sema, IAP e Suderhsa. Cheida adianta que não será tolerante caso haja irregularidade. “Este é um sinal de alerta para quem não estiver cumprindo os contratos”, adverte.

Anteontem, o ex-secretário José Antônio Andreguetto e Luís Eduardo Cheida estiveram reunidos para fazer a transição de convênios em andamento, documentos, vigências, sistemas de pagamento e idéias que não foram operacionalizadas. Uma delas foi a construção de um emissário para esgoto da Ilha do Mel para a localidade de Pontal do Sul, em Pontal do Paraná, objetivando o efluente zero, que significa trazer o esgoto (sólido, líquido e gasoso) da ilha para ser tratado no continente.

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