Acampamento Pró-Lula

Ambulantes faturam com a venda de alimentos no entorno da Polícia Federal

Foto: Raquel Derevecki/Gazeta do Povo

Vendedores de pipoca, sanduíche, água, refrigerante e até de sopas estão aproveitando o acampamento dos apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nos arredores da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, para trabalhar. Segundo a Polícia Militar, cerca de mil pessoas seguem acampadas no local, o que garante uma cartela expressiva de clientes.

A jovem Juliana Albuquerque Ramos, de 19 anos, percebeu a oportunidade e decidiu unir seu protesto a favor do ex-presidente à chance de trabalhar.

Moradora do bairro Santa Cândida, na capital paranaense, ela e alguns familiares montaram uma barraca próximo à PF na quinta-feira (5) e não se arrependeram. “As vendas estão ótimas, principalmente na hora do almoço e no jantar”, afirmou a vendedora.

Leia também: Gleisi “Lula” Hoffmann: esse é o novo nome de parlamentar da senadora paranaense

Em sua barraca, os militantes encontram hambúrgueres de costela por R$ 8 e a garrafa de refrigerante de dois litros por R$ 10. Um dos destaques é o x-pernil.

“Nós sempre trabalhamos onde está a militância do PT e, se não tem nenhum movimento acontecendo, levamos nossa barraca para jogos de futebol. Não podemos ficar sem trabalhar”, afirmou.

Assim como ela, o casal de comerciantes Daniel Santos Andrade e Vanilda de Moraes, ambos de 57 anos, também acompanha a militância com sua barraca de lanches.

“Fazemos sanduíches por R$ 5 e oferecemos diferentes caldos pelo mesmo valor. Quando chega a noite, até falta sopa”, disseram. Além disso, eles oferecem latas de refrigerante e garrafinhas de água por R$ 3. “Como estão sempre geladas e o preço não é abusivo, vende bastante”.

/ra/pequena/Pub/GP/p4/2018/04/11/Curitiba/Imagens/Vivo/WhatsApp Image 2018-04-11 at 14.29.25.jpeg
Foto: Raquel Derevecki/Gazeta do Povo

Já as vendas de pipoca e doces não têm sido tão boas. De acordo com a comerciante Mariza Glaudia, 46, o número de vendedores no acampamento aumentou muito mesta semana e a concorrência se tornou desleal.

“No sábado ainda estava bom, mas aí começou a encher de gente vendendo. Cada dia chega mais”, reclamou a vendedora de pipoca. A vendedora de cocada, Sebastiana Vilasboas, 49, concorda. “Teve um que parou o carrinho do meu lado. Podia pelo menos ter ido para outro lado. Tem cliente pra todo mundo”, disse a vendedora.

Veja também: Vaza áudio de voo de Lula: ‘Manda esse lixo janela abaixo’

No entanto, as duas garantem que quem compra delas está recebendo um produto de qualidade com total higiene. “Nós já fizemos até curso de manipulação de alimentos, andamos sempre com álcool em gel no carrinho e mantemos tudo bem fechado e tampado para evitar contaminação”, explicou Mariza.

Almoço gratuito

Ainda que o acampamento ofereça diversas barracas de lanches à venda, os apoiadores do ex-presidente não precisam gastar para ter as três refeições principais por dia. Uma barraca na área principal do acampamento reúne diversas doações de alimentos e os distribui pelas cozinhas espalhadas pelo local.

“A comida é muito gostosa, e é só chegar na fila e se alimentar bem”, afirmou a militante Marta Lúcia de Martini, 46, que veio do município de Congonhinhas, no Norte do Paraná.

Segundo ela, as cozinhas servem café da manhã , almoço, jantar e ainda deixam frutas e água à disposição no decorrer do dia. “A gente come super bem e não precisa gastar para isso. Muita gente colabora”, afirmou a moradora do Norte do estado.

Partidários de Lula passam a noite na PF