Polícia Federal investiga dinheiro usado para compra do dossiê

A Polícia Federal espera receber em breve informações das autoridades americanas sobre a origem dos US$ 248 mil destinados à compra do suposto dossiê contra tucanos. As informações incluirão o nome de quem sacou o dinheiro e os documentos relacionados à retirada.

A PF já sabe que o dinheiro não chegou a circular. Faz parte de uma remessa diretamente fornecida pela Casa da Moeda dos Estados Unidos. A PF também já conseguiu localizar as contas e as agências de onde a parte em reais (R$ 1,168 milhão) foi sacada. Já foi encaminhado à Justiça pedido de quebra do sigilo bancário para obter, junto às instituições financeiras – os bancos Bradesco, Safra e BankBoston – a identificação das pessoas que efetuaram o saque e dos titulares das contas.

Na avaliação da PF, a identificação da origem do dinheiro é crucial para que as investigações a respeito da suposta operação de compra do dossiê por integrantes do PT ganhem novo fôlego.

No que diz respeito aos depoimentos colhidos nos últimos dias, o avanço foi pequeno. A estratégia dos novos envolvidos, entre eles o ex-vice presidente de Avaliação de Risco do Banco do Brasil Expedito Veloso, o ex-coordenador do Programa de Trabalho e Emprego de Lula, Oswaldo Bargas, e o chefe da Abin do PT, Jorge Lorenzetti, é afastar o escândalo do presidente da República e negar conhecimento de qualquer operação financeira. Já o ex-agente da PF e advogado Gedimar Passos, que forneceu nomes e informações sobre a compra do dossiê em seu primeiro depoimento, se calou e tem afirmado que só falará em juízo.

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