Polícia acaba com esquema de ongs usadas para desviar mais de R$ 30 mi

A Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas do Paraná prendeu, na manhã desta quinta-feira (23), 16 pessoas acusadas de integrar uma quadrilha que desviou, pelo menos, R$ 30 milhões em arrecadações conseguidas através de duas organizações não governamentais (ongs) de apoio a pessoas com câncer.

A Operação Pharmako cumpre ao todo 31 mandados de busca e apreensão e 16 de prisão, simultaneamente, em quatro estados ? Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. Até as 11h desta quinta-feira (23), a polícia havia apreendido R$ 600 mil em dinheiro, R$ 200 mil em cheques e mais de 20 veículos novos como Mercedes-Benz, Vectra, Renault Mégane, Fiat Marea, caminhonete S10, Ford Focus, Fiat Idea, todos modelo 2005/2006, que podem ter sido adquiridos com o dinheiro arrecadado pelas ongs. Vasta documentação que comprova as fraudes também foi apreendida.

O homem apontado como líder da quadrilha é o jornalista Arnaldo Braz, preso na capital paulista, nesta manhã. Ele é o gerente do Grupo de Apoio a Pessoas com Câncer (GAPC) e da Associação Brasileira de Assistência a Pessoas com Câncer (Abrapec), que são as organizações usadas para arrecadar ilegalmente o dinheiro desviado.

?A polícia do Paraná passou a investigar as ongs há mais de um mês, quando recebemos denúncias de ex-funcionários que perceberam que praticamente toda a arrecadação não era destinada às pessoas portadoras de câncer, mas eram desviadas em benefício dos próprios administradores das ongs. É uma conduta hedionda, pois além de enganarem pessoas humildes e bondosas, deixam de salvar inúmeras vidas com os recursos arrecadados, além de lesarem o Estado com a ausência de recolhimento de tributos trabalhistas e encargos diversos?, disse o secretário da Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari.

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