A conta chega

“Rezamos por uma transmissão pequena”, diz diretor da Sesa sobre internamentos após Natal

Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná.

Cerca de quinze dias após o Natal, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) registra um aumento nas internações por coronavírus nas unidades de saúde do estado. Segundo boletim desta segunda-feira (11), o mais recente, o Paraná teve mais 1.663 casos de coronavírus e 19 mortes. Para Vinícius Filipak, diretor de saúde da Sesa, a alta nos internamentos atualmente é reflexo das aglomerações de Natal e elas podem aumentar ainda mais, pois em breve chegam as internações por causa do Ano Novo.

“Nessa semana infelizmente começou a subir a internação em todo o Estado. Houve um declínio progressivo muito leve, de quatro semanas pra cá, mas da semana passada pra essa semana houve um aumento e isso é, sem dúvida, reflexo da movimentação das pessoas e eventualmente algum descuido que elas tiveram”, disse o diretor em entrevista ao Bom Dia Paraná, da RPC, desta terça-feira.

Filipak ressaltou ainda que os sintomas da contaminação não ocorrem de imediato. “É importante lembrar que se a gente se contaminar hoje, por exemplo, em aproximadamente cinco a sete dias aparecem os sintomas e a internação será necessária dez dias depois”, explicou. Segundo ele, portanto, pessoas que estão se internando atualmente são aquelas que se contaminaram no Natal.

Como uma semana após o Natal ocorreu o ano novo, é possível que durante essa semana e semana que vem venham as internações de quem se contaminou no Ano Novo. “Assim teremos o reflexo exato de como foi essa contaminação. A gente reza para que tenha havido uma transmissão pequena, mas infelizmente não parece que é isso que vai acontecer”, finalizou o diretor.

Tem que cuidar!

O diretor reforçou a necessidade de a população cuidar com as aglomerações e utilizar sempre a máscara e o álcool gel. “É essencial a população entender que, mesmo que exista recurso hospitalar disponível, não há garantia de que o paciente irá sobreviver a doença. É muito importante que tenhamos essa preocupação”, disse ele sobre o pico de internações com o período após as festas de fim de ano.