Prorrogado prazo para renegociação do Creduc

O governo federal prorrogou o período para que os estudantes renegociem a dívida com o Crédito Educativo (Creduc). O prazo foi estendido até o dia 25 de fevereiro. Os estudantes podem obter descontos que chegam até a 90% do saldo devedor. Mas pouca gente procurou a Caixa Econômica Federal até agora. No Paraná, dos 4.708 contratos, apenas 1.409 foram renegociados.

Em 1997, o Creduc foi extinto, sendo substituído mais tarde pelo Fundo de Financiamento do Ensino Superior (FIES). Mas a dívida dos estudantes com o financiamento continuou ativa. Como o governo verificou que muita gente estava tendo dificuldade para saldar o que devia, criou novas regras para a renegociação da dívida em março de 2004.

As pessoas que estavam adimplentes poderiam ter um desconto de até 90% e parcelar o montante em até 12 vezes. Já os inadimplentes teriam desconto de até 80% e o mesmo prazo para saldar o que deviam. No meio do ano, o governo resolveu estender o prazo para 36 meses e o desconto da dívida varia conforme o prazo de pagamento escolhido pelo estudante.

Mesmo assim, parece que muita gente continua achando que os valores estão acima do que o bolso suporta. Dos 51.334 contratos feitos em todo o País, o que equivale a R$137,4 milhões, só 25% foi renegociado até agora. No Paraná a situação é semelhante. Ao todo são 4.708 contratados, destes 628 são adimplentes e 586 renegociaram o que deviam. Já entre os 4.065 inadimplentes só 823 procuraram a Caixa, ou seja, apenas 20%.

Para o gerente de mercado da Caixa em Curitiba, Edilson Oliveira, os estudantes que ainda não renegociaram a dívida estão perdendo uma ótima oportunidade. Ele explica que antes o prazo de pagamento era bem mais complicado. Os estudantes tinham apenas disponível o tempo equivalente ao período que receberam o benefício. Agora, os valores estão sendo abatidos e ainda há possibilidade de negociar prazos.

Para renegociar a dívida, o estudante pode procurar qualquer agência da Caixa. Precisa levar o CPF e a carteira de identidade, além de um comprovante de residência. Se a escolha for pelo parcelamento e houver atraso superior a 90 dias no pagamento da parcela, o contrato volta à forma original, com saldo devedor descontado do que já foi pago. Segundo Edilson, ainda não se sabe se o prazo será prorrogado mais uma vez. No total, os contratos dos paranaenses equivalem a R$58 milhões, sendo que R$57 milhões estão inadimplentes. (Elizangela Wroniski)

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