Professores da rede estadual fizeram ontem manifestações nos 29 núcleos regionais de educação dentro da mobilização por reajuste salarial e adequações da carreira. Segundo a APP-Sindicato, entidade que representa a categoria, o objetivo das manifestações foi chamar a atenção do governo para as reivindicações entregues aos chefes dos núcleos. Os alunos receberam comunicado sobre o movimento dos professores e funcionários. Não está descartada greve a partir do próximo dia 13.
A APP-Sindicato pede implantação de 33,3% da jornada de trabalho como hora-atividade (tempo para atividades complementares do professor, como preparação de aulas e capacitação). Atualmente, a proporção é de 25% do total da carga horária. A categoria também pleiteia aumento salarial de 7,11% para que os vencimentos cheguem ao novo valor do Piso Nacional dos Professores (R$ 1.567), além do reajuste de 8,59% para os funcionários das escolas e a aprovação de adequações na carreira.
Assembleia
“Já fizemos duas reuniões com o secretário Flávio Arns, além de reuniões técnicas. Tivemos o posicionamento que no início da semana que vem deve ocorrer mais uma reunião para os encaminhamentos finais”, explica a presidente da APP-Sindicato, Marlei Fernandes. A proposta que for apresentada pelo governo será analisada em assembleia estadual, no próximo dia 9.
Governo aponta reajustes
A Secretaria da Educação (Seed) informou que a pauta está sendo debatida em reuniões periódicas com representantes da APP-Sindicato. O órgão comunicou que em menos de dois anos foram concedidos aumentos salariais de 34,85% a professores e pedagogos. Segundo a Seed, o Estado atendeu antiga reivindicação para equiparar os salários do magistério ao dos técnicos de nível superior, superando diferença de 26% entre as carreiras. Em outubro, o governo pagou a terceira das quatro parcelas deste reajuste aos professores (6,65%) previsto para 2013.