Professores completam 44 quilômetros de caminhada

No segundo dia consecutivo de marcha, os professores e funcionários da rede estadual de ensino completaram 44 quilômetros de caminhada. Ontem distribuíram panfletos na primeira praça de pedágio, entre Ponta Grossa e Curitiba, explicando os motivos da manifestação. Passaram a noite no local e hoje devem percorrer mais cerca de 20 quilômetros. Eles chegam em Curitiba na terça-feira para acompanhar na Assembléia Legislativa (AL), os projetos de lei que concedem isonomia salarial aos docentes e cria o plano de carreira dos funcionários.

Os professores fecharam o dia de ontem com a distribuição de panfletos para os motoristas na praça de pedágio. "Caminhar não é difícil. Difícil é enfrentar a discriminação, os salários baixos, as salas superlotadas e a desvalorização dos funcionários de escolas", respondiam os manifestantes, quando perguntados sobre a dificuldade de percorrer o trajeto de Ponta Grossa a Curitiba a pé.

Enquanto um grupo vai fazer todo o percurso, outro está se revezando na empreitada. Para que o trajeto seja feito de forma tranqüila, foi montada uma equipe que garante a infra-estrutura necessária, como alimentação e água. A segurança do grupo é garantida pela Polícia Rodoviária Estadual que está acompanhando toda a caminhada.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) está apoiando a marcha, com representantes do assentamento Emiliano Zapata. A caminhada começou na manhã de quinta-feira, e tem o objetivo de sensibilizar os deputados estaduais para que aprovem os projetos de lei 149/06 e 150/06, e o governador Roberto Requião, para que os sancione. O primeiro projeto equipara os salários dos professores com outros servidores que também tem curso superior, e o outro cria o Plano de Carreira dos Funcionários da Educação. Esses projetos entrarão na pauta de votação da Assembléia Legislativa na terça-feira, quando a marcha chega em Curitiba. Outra reivindicação é o fim da perseguição a dirigentes sindicais e lideranças de base da categoria.

Um dia antes, na segunda-feira, às 11h, os professores e funcionários realizam um ato público no Monumento Antônio Tavares, na BR-277, sentido Curitiba/Campo Largo. A idéia é reforçar a necessidade de unidade dos trabalhadores em educação com os trabalhadores do campo e da cidade, bem como reforçar a luta contra a destruição do meio ambiente provocada pela cultura do agronegócio.

O fim da jornada está previsto para as 10h30 de terça-feira, em frente a Catedral Metropolitana, na Praça Tiradentes. Depois os manifestantes seguem para o Palácio do Governo, onde vão tentar uma audiência e à tarde vão para a AL. Neste dia, as escolas reduzirão as aulas para 30 minutos e os professores estão sendo convocados a engrossar o movimento.

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