Táxis disputados

Procura por táxis após jogo da Copa foi grande em Curitiba

O lugar comum entre o público do jogo Irã e Nigéria na Arena e moradores e trabalhadores do perímetro de bloqueio foi o retorno. Pelo menos nos primeiros 50 minutos após o término jogo, a falta de táxis testou a paciência de quem preferiu se deslocar por esse meio.

No ponto da Rua Brigadeiro Franco, em frente ao Shopping Curitiba, torcedores brasileiros e estrangeiros formavam fila à espera de um táxi. E não foram raras as discussões bilíngues entre quem estava esperando e os que tentavam furar a vez.

O maringaense Marcos Belatto, 44 anos, e o filho Guilherme tiveram que contar com o senso de justiça do taxista para conseguirem entrar no veículo, uma vez que um grupo de torcedores nigerianos que dizia estar atrasado para o aeroporto tentou burlar a fila. Ele também tinha voo marcado para Maringá na noite de ontem. “Gostei do estádio, embora o jogo só agradou no primeiro tempo. Quanto à falta de táxis em Curitiba, parece que ainda continua, pois eu e meu filho viemos desde o estádio tentando parar um carro, e ainda esperamos uns 10 minutos na fila do ponto”, descreveu.

Outro espectador do primeiro jogo da Copa em Curitiba, Daniel Silva, afirmava estar duplamente insatisfeito. “Vou dar os outros ingressos dos outros jogos para os meus filhos porque não vale a pena esse desgaste para ver um peladão e ainda ter tanta dificuldade para encontrar um táxi”, reclamou Daniel, que mora no Jardim Schaffer. “Talvez eu só me sacrifique pelo jogo da Espanha, até porque a organização foi ótima e o estádio ficou muito bonito”, ponderou.

De acordo com a assessoria imprensa da Urbs, até sexta-feira 465 novos táxis já tinham entrado em operação, elevando para 2.717 veículos a frota que atende a capital. Quanto à dificuldade observada pela reportagem, a Urbs acredita que tenha sido motivada pelo trânsito e em alguns trechos. A assessoria também reforça que dentro do perímetro de bloqueio há pontos de táxis na Rua Nunes Machado, entre as ruas Chile e Brasílio Itiberê.

Ônibus fretado

No outro lado da Rua Brigadeiro Franco, a multidão de torcedores da Nigéria esbanjava alegria à espera dos dez ônibus que eles contrataram para transportá-los. O grupo formado de aproximadamente 400 nigerianos, partiria na noite de ontem rumo a São Paulo e de lá pegaria um voo para Salvador. Mesmo com o empate, eles se diziam satisfeitos com o resultado. Aliás, confiança não faltava ao grupo, que traz um réplica da taça para dar sorte.