Óleo vegetal ainda pode atingir Rio Nhundiaquara

O óleo vegetal derramado na Serra do Mar, na última segunda-feira, ficou concentrado em cerca de 3 km do Rio do Pinto, mas ontem à tarde ainda ameaçava chegar ao Rio Nhundiaquara, que abastece Morretes. O diretor-presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Rasca Rodrigues, disse, no entanto, que é muito pouco provável que isso ocorra, porque as barreiras armadas por uma equipe de 25 pessoas estavam conseguindo conter a mancha. Além disso, a captação é feita acima da área que pode ser atingida e a distribuição de água não será afetada.

Moradores da serra canalizam a água, que é usada para consumo, irrigação e criação de peixes em tanques. Apesar de não ser tóxico, o óleo pode provocar a morte de animais e plantas por falta de oxigênio. Até ontem ainda não haviam sido encontrados peixes mortos nas áreas atingidas.

Técnicos do IAP colheram amostras da água e do solo para análises. A empresa responsável pelo vazamento, a JJM Transportes Rodoviários, de Ponta Grossa, deve ser multada pelos danos ambientais. A transportadora já recebeu advertência da Secretaria de Estado do Meio Ambiente pela demora no atendimento do acidente. O óleo vazou às 7h30, mas os funcionários da JJM só iniciaram a limpeza às 17h. Durante a noite, os trabalhos foram interrompidos e o óleo continuou escorrendo. A direção do IAP também vai avaliar se houve negligência por parte da concessionária Ecovia, responsável pelo trecho da rodovia onde ocorreu o acidente.

O derramamento aconteceu no quilômetro 44 da BR-277, no viaduto dos Padres, quando um caminhão carregado com óleo vegetal tombou na curva.

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