O Estado do Paraná recebe prêmio dos Correios

Os selos emitidos anualmente pelos Correios são resultado de uma avaliação intensa da Comissão Filatélica Nacional. Eles analisam várias propostas que chegam até a entidade. Mas para democratizar essa escolha nos últimos anos, os Correios vêm realizando os Fóruns Filatélicos nas principais cidades do País. Ontem, o Fórum ocorreu em Curitiba, onde foi acatada as propostas apresentadas pela comunidade, funcionários da empresa e os próprios filatelistas (colecionadores de selos). Além da capital, o fórum segue para outras quatro cidades do Estado a partir da semana que vem: Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Maringá e Londrina.

Durante a cerimônia de ontem, O Estado e o colunista Pedro Brasil Júnior receberam placas de homenagem do Clube Filatelista do Brasil, por divulgar e informar os leitores sobre a cultura dos colecionadores dos selos. O Jornal do Colecionador, publicado dominicalmente em O Estado, é o único no Brasil a abrir espaço para o assunto. “São 24 anos trabalhando com selos e 12 anos só em O Estado. Para mim é verdadeiramente um hobby. E, ao mesmo tempo, estou repassando conhecimento para pessoas de todas as idades. É uma iniciativa louvável do jornal, realizando um grande trabalho para difundir a cultura do selo no País”, conta Pedro Brasil.

Até 2001, os fóruns eram realizados apenas nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Nessa época, o total de sugestões de selos apresentadas chegava aproximadamente a 500. A partir de 2002, quando mais cidades passaram a sediar o encontro, o número de sugestões subiu para mais de 2 mil e, em 2003, o número chegou a 5 mil.

O primeiro fórum realizado em Curitiba em 2002, apresentou sugestões de filatelistas e da comunidade em geral, das quais três viraram selo: Como Colecionar Selos, Preservação da Memória Ferroviária e o Programa Fome Zero. Os eventos no interior também estão abertos à comunidade, e qualquer sugestão será avaliada, seja sobre arquitetura, artes, cultura popular, datas comemorativas, esportes, fauna e flora, entre outras opções.

Sem registro

O coordenador técnico do Departamento de Filatelia dos Correios, Antônio Carlos Pereira, informou que o número de colecionadores do País não é registrado, mas que deve superar os 20 mil. Ele também conta que os custos para se começar uma coleção são bem acessíveis. “Em cada estado tem uma associação e todos realizam um grande trabalho. Para os interessados em iniciar a coleção de selos, os valores são baixos, em centavos. Existem os selos históricos, que acabam saindo mais caro, mas estes são poucos que conseguem”, diz Pereira. Ele, porém, ressalta que alguns selos históricos chegam a valer U$ 5 mil. (Rubens Chueire Júnior)

Foto pessoal pode virar selo

Imagine uma foto sua, da sua família ou do seu animal de estimação servindo como selo para o envio de carta para determinado endereço. Isso pode parecer estranho, mas essa é a novidade que os Correios está apresentando neste ano. Os selos personalizados podem ser feitos em todas as agências do País.

De acordo com o gerente de varejo dos Correios no Paraná, Alexandre Pacheco Vieira, essa iniciativa é fundamental para aumentar o vínculo das pessoas com a importância dos selos. A manobra é inédita nas Américas. Pela primeira vez, um país do continente americano utiliza esse procedimento. Para personalizar uma imagem, a pessoa deve se encaminhar até uma agência dos Correios com a foto, pagar uma taxa pelo procedimento e preencher um questionário. Quando estiverem prontos, doze selos serão entregues em cartelas para serem usados em qualquer correspondência. “É uma inovação no continente”, diz.

Esse novo procedimento se tornou mais um atrativo para as pessoas que usam o sistema. Em todo o País são cerca de 5 mil agências dos Correios. Segundo o gerente de varejo, apesar do crescimento do correio eletrônico, não reduziu o número de usuários do sistema mais tradicional de comunicação. “Pelo contrário, houve um aumento do uso dos Correios, principalmente na questão comercial. Essa possibilidade criou uma nova demanda e estamos procurando atendê-la”, explica Alexandre. Ele ainda conta que a União Postal Universal (UPU), órgão vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU) e que administra todos os Correios do mundo, realizou estudos que comprovaram aumento do uso da entrega de produtos pelo Sedex.

Voltar ao topo