Novo acidente com carga perigosa interdita BR-376

Mais um acidente envolvendo um caminhão com carga perigosa ocorreu ontem, às 8h, no quilômetro 669 da BR-376, no sentido Curitiba-Joinville. O veículo transportava dióxido de carbono, gás usado na fabricação de refrigerantes. A pista ficou interditada até as 10h30 e a fila atingiu 10 quilômetros. Segundo o presidente do IAP, Rasca Rodrigues, não houve vazamento da carga. Mesmo que houvesse, porém, não haveria riscos para o meio ambiente. Na última quinta-feira outro caminhão tombou no local, derramando 25 mil litros de óleo diesel.

O policial rodoviário federal e especialista em cargas perigosas, Hugolino Trevisan, explica que os acidentes ocorreram no local devido a imprudência dos motoristas, que não seguem o que recomenda a sinalização. Ele explica que devido as obras no Viaduto da Santa, há um estrangulamento das pistas. O caminhão da empresa White Martins que transportava o dióxido de carbono vinha na velocidade recomendada, mas o veículo que vinha atrás estava correndo mais do que deveria e não conseguiu frear a tempo. Ele, então, colidiu na traseira do outro caminhão. “Foi o mesmo que ocorreu na quinta-feira”, afirmou.

Explicação técnica

Segundo Rasca, o gás não causa danos ao meio ambiente, mas se atingir uma pessoa pode causar uma série de problemas. Entre elas, lesões na pele devido ao congelamento, os vapores causam tonturas e podem provocar asfixia. O gás não é inflamável, mas pode explodir se aquecido devido a um incêndio no caminhão. Além disso, se o tanque for rompido, projeta-se com extrema violência.

De acordo com Rasca, como não houve danos ao meio ambiente, a empresa não vai ser multada. Se isso tivesse ocorrido, ela receberia a multa independente das causas do acidente. “Só consideramos os danos ambientais”, comenta.

Ontem, os técnicos do IAP ainda continuavam no local acompanhando a limpeza do óleo derramado no local na quinta-feira. A previsão era que o trabalho terminasse no fim da tarde. Para Rasca, o trabalho está sendo feito de forma lenta. O material está sendo colhido com ajuda de baldes e há poucas pessoas trabalhando. “Quanto mais rápido a limpeza, menos danos ao ambiente”, fala. Os laudos devem ficar prontos em até 25 dias.

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