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Manifestantes prometem manter greve no Evangélico

Funcionários do Centro Médico Comunitário e do Centro de Especialidades do Bairro Novo, unidades administradas pela Sociedade Evangélica Beneficente de Curitiba (SEB), decidiram manter a greve iniciada na segunda-feira. Os trabalhadores reclamam do atraso no pagamento dos salários referentes a dezembro e da segunda parcela do 13.º salário. Os manifestantes protestaram ontem em frente ao prédio de Recursos Humanos da SEB.

“Tentamos durante o dia inteiro obter resposta da diretoria do hospital, mas ninguém respondeu. Dessa maneira, vamos continuar com a paralisação até que tudo seja pago aos funcionários”, disse Isabel Cristina Gonçalves, presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Saúde (Sindesc).

De acordo com a SEB, apesar da paralisação dos funcionários, o atendimento nas unidades do Bairro Novo é normal, já que estão trabalhando com o mínimo constitucional de 30% das operações. Além dessa situação, o pronto-socorro do Hospital Evangélico permaneceu fechado durante todo o dia de ontem.

Recursos

Por meio de nota, a SEB reconhece a manifestação dos funcionários, mas afirma que não pode fazer os pagamentos porque a prefeitura não repassou a verba prevista nos contratos de prestação de serviços das unidades. A entidade também alega falta de recursos para o fechamento do pronto-socorro do Hospital Evangélico.

Marco André Lima
Isabel: falha administrativa.

Falta de documentação

A Secretaria Municipal de Saúde afirma que o repasse não pode ser feito porque até a manhã de ontem, a SEB não havia enviado a prestação de conta dos serviços. De acordo com a secretaria, haverá uma força tarefa para a conferência das contas para que os recursos sejam liberados ainda hoje. Reunião entre os funcionários e a secretaria está marcada para hoje com objetivo de esclarecer a situação aos trabalhadores.

Mesmo com a reunião, Isabel Cristina Gonçalves, presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Saúde (Sindesc), acredita que a situação só chegou a este ponto por falhas administrativas dentro da SEB. “Nas últimas semanas a prefeitura repassou quase R$ 5 milhões e com menos da metade desse dinheiro seria possível quitar os salários dos funcionários. Então o problema não é com a prefeitura e sim com quem administra o dinheiro”, afirma Isabel.

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