Orientação artística e educacional, socialização, ética e cidadania. Entre outros, esses são os principais objetivos do projeto Museu de Arte Jovem, desenvolvido pela organização não-governamental de São Paulo Pró-Cultura em parceria com empresas patrocinadoras e com prefeituras municipais, e que está presente em escolas públicas de quatro cidades paranaenses. No Museu, os alunos, boa parte em situação de risco social, recebem aulas teóricas, técnicas e práticas de pintura. O projeto está na sua segunda edição em Curitiba. No final do ano, os alunos expõem os trabalhos e os melhores concorrem a prêmios.
O Museu Arte Jovem atende jovens de 12 a 17 anos que estudam em escolas públicas municipais e estaduais. O material usado pelos alunos é disponibilizado por empresas que têm sedes nas 20 cidades do País onde são desenvolvidas as oficinas. Segundo a artista plástica e coordenadora da Pró-Cultura em Curitiba, Lizete Zem, a ONG busca as empresas, as secretarias municipais sedem as escolas e, em parceira com a coordenação local, ajudam na seleção dos alunos. ?Neste ano o tema é biodiversidade. Os alunos estão trabalhando com vários artistas e estudando o assunto. Estamos trabalhando muito com a mata atlântica?, contou Lizete.
Nas oficinas, os alunos trabalham com desenhos, montagens e pinturas em tela. Além disso, têm aulas teóricas sobre vários temas. A coordenadora contou que há relatos de diretores de escolas sobre mudanças comportamentais em alunos depois do ingresso no projeto. O monitor das oficinas da escola municipal Papa João XXIII, Alexandre Linhares, diz que tanto a evolução do trabalho quanto, comportamental são perceptíveis semanalmente.
Em novembro, as melhores telas de cada turma em Curitiba – são cinco – irão para uma exposição em São Paulo, onde vão concorrer com trabalhos de alunos de outros estados. Os estudantes vencedores vão receber prêmios, como computadores, televisores e aparelhos de DVD. Já entre os dias 22 e 25 de novembro, um trabalho de cada aluno participante de Curitiba será exposto no saguão da sede da Prefeitura municipal, no Centro Cívico. O projeto acontece também em Londrina, Cambé e Paranaguá. As inscrições para o próximo ano devem abrir somente em janeiro, com prioridade para quem já faz as aulas e quer continuar.