Pontal do Paraná

Incêndio devasta área de preservação ambiental no Litoral do PR; veja vídeos

Restinga em Pontal do Paraná foi devastada. Crédito: Patrick Derviche, morador local

Um incêndio devastou 800 metros quadrados de restinga em Pontal do Paraná, no Litoral do Paraná, no último domingo (12). Não houve feridos e a origem do fogo ainda é desconhecida segundo o Corpo de Bombeiros. Porém, é possível que o fogo tenha sido originado por alguma queima irregular no local. A restinga do litoral paranaense faz parte de uma área de preservação ambiental.  

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“Não tem como determinar a causa de incêndio, que pode ocorrer de muitas maneiras. Pode ser queima de lixo por algum morador, uma bituca de cigarro. Pode ser que alguém tenha deixado uma fonte de ignição no local. Enfim, são muitas causas”, explica o tenente Rodrigo Malaquias. 

Por conta do tempo seco, os incêndios na região têm sido constantes. Apenas no domingo de Páscoa, foram quatro ocorrências em Pontal do Paraná. Em Guaratuba, também houve queimadas durante a última semana. 

O fogo começou no início da tarde e foi controlado pelos Bombeiros. O problema é que o incêndio voltou a ganhar força no início da noite. Na região, há casas tanto de moradores quanto de turistas. 

O empresário local e representante da ONG Ecolocal, Duka Júnior, relata que existe histórico de fogo na restinga. “Tem pessoas que acabam desrespeitando as leis. Já vi gente colocar fogo em armário velho ali na restinga, também tem muito carrinheiro na região que fazem fogueiras. Só que ninguém é autuado. Todo incêndio ali é criminoso. Resta saber se ele foi proposital ou não. Conversei com cerca de 15 moradores, mas ninguém viu nada concreto”, protesta.

Não se sabe a causa do incêndio | Crédito: Patrick Derviche, morador local

Em janeiro, o governador Ratinho Júnior assinou um decreto que permitia podas sem autorização do Ibama e do Instituto Ambiental do Paraná na restinga da região. Alguns moradores reclamam que a mata é local de esconderijo para marginais. Porém, o próprio decreto não especificava quais seriam as normas detalhadas para as podas. O Ministério Público e ambientalistas contestaram a decisão e menos de um mês depois, o decreto foi suspenso. 

A Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, gerida pelo secretário Márcio Nunes, respondeu via assessoria que o decreto segue suspenso e que será construído um grupo de trabalho para rever a situação.

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