Educação

IFPR Colombo paralisa as atividades e realiza manifestação

Nessa quarta-feira (05/08), servidores e alunos do Instituto Federal do Paraná (IFPR) do câmpus Colombo organizaram um ato de protesto por melhores condições locais de trabalho e em apoio à pauta de reivindicações nacionais, como a luta pela reposição salarial referente a perdas inflacionárias desde 2012 e pela melhoria da estrutura da rede federal de ensino.

Entre os pedidos locais estão o fornecimento, por parte do governo federal, de materiais básicos para o funcionamento do câmpus, tais como água potável para alunos e servidores, giz, apagador, carteiras para os alunos, papel higiênico, serviço de limpeza e recolhimento de lixo.

Em instalações provisórias, as aulas do curso de Ensino Médio integrado ao Técnico em Informática só começaram graças à cessão de espaço pela prefeitura de Colombo, que foi reformado com doações e com o trabalho voluntário de servidores, alunos e pais. Foram mais de R$5 mil reais em produtos e equipamentos gastos pelos servidores e pela comunidade – valor que não será ressarcido pelos cofres públicos.

Os quase 30 servidores também se organizaram, junto com a comunidade, em mais de duas semanas de mutirão para realizarem serviços básicos para o início das aulas. Entre as atividades que foram e continuam sendo feitas de forma voluntária estão pintar as salas, lixar o chão, limpar os banheiros, fazer a instalação elétrica, carregar armários, instalar quadros e montar carteiras de modo a dar condições mínimas para as atividades da escola federal.

Com as aulas acontecendo há dez dias no espaço improvisado, ainda são muitas as dificuldades, como a falta de água potável, a ausência de serviço de limpeza ou mesmo o não fornecimento de giz ou papel higiênico. “Essa é uma situação insustentável tanto no âmbito federal quanto local, os servidores não podem pagar o preço de decisões políticas equivocadas, com a desvalorização salarial e as condições extremamente precárias de trabalho. Esse ato de paralisação é para mostrar para a sociedade as condições em que estamos trabalhando” diz o professor e pesquisador Alysson Ramos Artuso, do IFPR Câmpus Colombo.

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