IAP e MP estudam acordo para extrair areia

O primeiro passo para a regularização da atividade de extração da areia na Região Metropolitana de Curitiba foi dado ontem. Participaram da reunião o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Rasca Rodrigues, o procurador do Ministério Público do Estado do Paraná, Saint-Clair Honorato Santos, e o presidente da Associação dos Mineradores de Areia e Saibro do Paraná (Amas-PR), Airton Roveda. A entidade representa 58 associados – 96% dos areeiros da Região Metropolitana de Curitiba. A estimativa é que em 30 dias a Amas-PR, o IAP e o Ministério Público fechem um acordo.

Há quase dois anos, o IAP está impedido pelo Ministério Público de emitir licenciamentos para a atividade de extração de areia em várzeas. Com isso, os mineradores agem de maneira irregular, sem um plano para o tratamento das áreas exploradas, que poderiam ser transformadas em parques ou ter utilidade náutica.

Em virtude da importância da areia para a construção civil e a economia do Estado, a proibição da extração do produto é totalmente inviável. Na tentativa de solucionar este impasse, ficou definido na reunião que a empresa Mineropar irá fazer um estudo para que se possa desenvolver, em conjunto com a Associação, um plano de ajuste e conduta dos areeiros.

Este plano deverá conter as seguintes informações: 1) como e onde explorar a areia; 2) comprometimento de doação da área explorada para o Estado; 3) plano permanente de monitoramento das águas do rio Iguaçu; 4) medida compensatória que possibilite o levantamento da qualidade das águas das regiões exploradas, contemplando os parâmetros físico-químicos relacionados à saúde humana.

“Se este estudo for bem elaborado, acredita-se que num futuro bem próximo poderemos equacionar e disciplinar esta atividade. Com a aprovação do Ministério Público, possivelmente o IAP terá autorização para dar os licenciamentos”, aponta Rasca Rodrigues.

Preservação dos mananciais da serra

Cinco das 27 pesquisas científicas realizadas na área da Barragem do Cayguava (Piraquara I) foram apresentadas no Centro de Educação Ambiental de Piraquara, ontem. Os cientistas foram unânimes: a área precisa ser preservada. “Aqui temos um ambiente rico e uma vida animal e vegetal que precisa ser protegida. Se esta área for depredada ou esquecida, perderemos até mesmo a possibilidade de conhecer verdadeiramente este local”, explicou Liliane Tiepolo, estudante de doutorado, que desenvolve pesquisa sobre os pequenos mamíferos daquela região. A apresentação das pesquisas faz parte do ciclo de palestras “Ações em Favor da Natureza”, que integra as comemorações do Dia Mundial da Água, realizadas pela Sanepar.

A diretora de Novos Negócios da Sanepar, Maria Arlete Rosa, aproveitou para dizer que o cuidado com a natureza será uma missão de todo o governo do Estado e que o compromisso desse trabalho de preservação do meio ambiente é a garantia de vidas futuras. “Precisamos construir um bom caminho para a sociedade”, completou o procurador de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias do Meio Ambiente, Saint Clair Santos, que mostrou a evolução da legislação ambiental no país. Para o promotor, eventos como este são importantes porque demonstram o esforço da sociedade para preservar o meio ambiente.

Mulher na vice-reitoria da UFPR

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) elegeu ontem como vice-reitora, Maria Tarcisa Bega, atual pró-reitora de Extensão e Cultura (Proec) e professora adjunta de Departamento de Ciências Sociais. Ela ocupa o cargo deixado por Aldair Tarciso Rizzi, que aceitou em janeiro o convite do governador Roberto Requião para a Secretaria da Ciência e Tecnologia.

A professora era candidata única e mesmo assim, a previsão era que, das 8h até 18h de ontem, 30 mil eleitores comparecessem a uma das dezessete seções da Universidade. Duas seções volantes foram dispostas para garantir que os professores e alunos das sedes da UFPR em Pontal do Sul, Paranaguá e Palotina, também pudessem votar.

As eleições para reitor e vice-reitor ocorrem em intervalos consecutivos de 4 anos. Por tanto, essa foi uma eleição fora do habitual e só ocorreu devido ao pedido de exoneração do cargo feito por Rizzi. Ele e o atual reitor, Carlos Augusto Moreira Júnior, assumiram o cargo em novembro de 2001. As próximas eleições acontecem só em 2005.

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