IAP autua Prefeitura de Antonina por irregularidades no lixão

O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) autuou a Prefeitura de Antonina em R$ 10 mil, na semana passada, por irregularidades no lixão da cidade. A informação, no entanto, só foi divulgada ontem, após a situação mostrada por O Estado no último domingo. A autuação se refere à disposição inadequada dos resíduos no local. A Prefeitura de Antonina tem até o dia 8 de fevereiro para regularizar o quadro.  

Segundo a assessoria de imprensa do IAP, o órgão resolveu autuar o município porque constatou que a situação estava fora de controle. No ano passado, uma vistoria foi feita e os técnicos do IAP já haviam alertado a Prefeitura sobre a necessidade de readequar o lixo que é depositado no lugar. O IAP solicitou que fossem feitas melhorias no lixão. Mas, na vistoria da semana passada, o instituto verificou que as condições permaneciam as mesmas.

Então, desta vez, o IAP autuou a Prefeitura e ainda fez uma série de exigências. Até o dia 8 de fevereiro, a Prefeitura deve empurrar o lixo para o local adequado, compactar os resíduos e cobri-los com argila. A Prefeitura ainda deverá apresentar o plano de gerenciamento de resíduos do município. O IAP informou que somente na próxima vistoria será checado se os córregos próximos ao lixão estão contaminados, conforme denuncia a população local.

A Prefeitura de Antonina, no litoral do Estado, negou as informações repassadas por moradores da cidade sobre o lixão no bairro Saivá. O secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Antônio Osaki, esclarece que a Prefeitura está realizando benfeitorias no lixão, com o objetivo de regularizar a situação do mesmo.

De acordo com ele, a máquina que fazia a cobertura do lixo está quebrada e, por isso, a Prefeitura alugou um outro equipamento em caráter emergencial. Outras duas máquinas estão trabalhando no local. ?Realmente foi um erro colocar o lixo para o lado da rua que dá acesso ao lixão, ainda mais que o fundo do terreno não está sendo utilizado. Por isso, as máquinas estão readequando o lixo e os resíduos serão colocados na parte dos fundos do terreno. A situação deve ser regularizada em dez dias?, afirma.

Osaki diz que a capacidade do lixão não está esgotada. Só teria sido usado um terço do terreno destinado ao lixo da cidade. O secretário não acredita que o chorume, formado pela decomposição do lixo, esteja contaminando os córregos da região. ?Todo lixão é monitorado pelos órgãos ambientais. Acredito que esta informação não tem procedência. Sobre o lixo hospitalar, a coleta é feita por uma empresa especializada, que leva os resíduos de hospitais e farmácias para incinerar. Vai para o lixão apenas lixo doméstico?, comenta.

O lixão de Antonina deve ser desativado em breve. Está em andamento o processo de construção de um aterro sanitário intermunicipal, por meio de um consórcio, para as cidades de Antonina e Morretes. Atualmente, se espera a conclusão do pedido de licenciamento para as obras. O relatório de impacto ambiental já está pronto. O aterro será construído em Antonina, próximo à divisa com Morretes. No projeto, o governo do Estado vai entrar como facilitador, com o objetivo de agilizar a construção do aterro, embora a responsabilidade neste quesito seja dos municípios.

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