Um contingente de 88.600 servidores públicos do Estado recebeu ontem o pagamento dos abonos que o governo concedeu para os salários de agosto de professores e profissionais dos quadros de execução e apoio. O pagamento de outubro trará nova etapa de ajustes.
O contingente beneficiado, nesta primeira etapa, envolve 71 mil professores e 17.600 funcionários com os salários mais baixos do Estado, que estão recebendo abonos de R$ 50 a R$ 150. Daqui a dois meses, o governo estará implementando o novo piso mínimo e o abono dos aposentados.
Todos os 62 mil aposentados terão abono de R$ 50 no salário de outubro, e 30 mil deles passarão a receber o novo piso mínimo do servidor paranaense, de R$ 400, ressalta o secretário Reinhold Stephanes.
“Somando esses 30 mil aposentados e mais 16 mil ativos que estão entre os que têm os menores salários, no total serão 46 mil beneficiados na segunda etapa de implantação do ajuste já assumido pelo governo”, calcula.
Ao detalhar os diferentes níveis de abono que o governo está concedendo agora, para os salários de agosto, o secretário disse que a maior parte dos professores recebe R$ 50 de abono por padrão de carreira. É o caso dos que trabalham 20 horas por semana.
Outros 3.500 professores, que têm carga de 40 horas, recebem abono de R$ 100 e uma centena de professores que estava com os salários distorcidos, e muito abaixo da maioria, está recebendo o abono de R$ 150.
PR sai na frente
De acordo com a Secretaria da Administração e da Previdência, o Paraná é o primeiro Estado brasileiro a conceder ajustes nos salários do funcionalismo público neste ano de 2003.
Com o esforço para atender a herança que o governo anterior deixou com o funcionalismo ? oito anos sem reajuste, promoções e reajustes programados para o governo de Roberto Requião pagar ?, o Estado precisa de R$ 600 milhões para complementar o orçamento destinado à folha desse ano.
Com os mesmos R$ 3,4 bilhões que aplicou no pagamento da folha do ano passado, o caixa deste ano precisa de R$ 4 bilhões, o que estabelece provavelmente o maior déficit orçamentário já registrado na história do Paraná.
“Os abonos estão dentro do máximo que o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal e o orçamento do Estado permitiram ao governo conceder”, comenta Stephanes.