Consórcios farão integração da RMC

Promover maior integração e relacionamento entre o governo da capital e as prefeituras dos 25 municípios da região metropolitana é a principal função da Secretaria Extraordinária de Assuntos Metropolitanos de Curitiba, criada em 1997 pelo prefeito Cassio Taniguchi. No último dia primeiro, no lugar de José Antônio Zen, Rui Hara assumiu como novo secretário municipal.

Assim como todas as outras secretarias de Curitiba, a de Assuntos Metropolitanos tem metas – estabelecidas pelo prefeito Beto Richa – para os primeiros 180 dias de governo. A primeira delas é trabalhar pelo desenvolvimento do projeto "cinturão da boa vizinhança", que visa realizar parcerias principalmente com os nove municípios que fazem divisa com a capital.

"Curitiba e os municípios da região metropolitana devem estar integrados nas áreas de transporte, meio ambiente, saneamento, abastecimento, educação, saúde e educação. Muitas vezes, um problema existente em Curitiba não tem início ou solução dentro da própria cidade, mas em um município vizinho", comenta o novo secretário. "Já existe um bom relacionamento entre a administração pública e as administrações dos municípios da região metropolitana. Porém meu objetivo é ampliar ainda mais este relacionamento, criando parcerias em todas as áreas".

Consórcios

Nos seis primeiros meses de sua gestão, Rui também irá trabalhar para que sejam iniciadas negociações para instalação de consórcios metropolitanos de lixo, habitação, saúde, educação e preservação dos rios. No que se refere à habitação, ele informa que Curitiba não tem mais espaço para planos de habitações populares. Quanto à saúde e educação, muitos moradores da região metropolitana utilizam unidades de saúde, escolas e creches da capital, sendo necessária a criação de fóruns metropolitanos para discutir a questão.

Em relação ao lixo, já existe um consórcio, do qual participam quatorze municípios, que visa a construção de um novo aterro sanitário de Curitiba, uma vez que o aterro da Caximba – que teve sua vida útil prorrogada por mais quatro anos – está com capacidade quase esgotada. "A idéia é que cada município se responsabilize pelo seu lixo e destine recursos para a construção do novo aterro". Existe licença ambiental para instalação de um aterro no município de Mandirituba, em área adquirida pela empresa Cavo, mas ainda não há nada definido.

Também dentro do plano de 180 dias, existe a intenção de se definir propostas para criação de uma escola de governo em parceria com a região metropolitana e tenham início articulações para integrar a produção e comercialização de alimentos na comunidade metropolitana, pois o cinturão verde da capital fica em municípios vizinhos. As articulações serão realizadas em parceria com a Secretaria Municipal de Abastecimento de Curitiba. Já a escola de governo tem como proposta fazer a transferência – através do Imap (Instituto Municipal de Administração Pública) – de experiência positiva de Curitiba aos municípios vizinhos, para que as mesmas possam ser adaptadas às realidades locais. "O primeiro passo vai ser reservar vagas de cursos promovidos pelo Imap a representantes da região metropolitana, assim como criar cursos específicos".

Para 2005, a secretaria terá recursos de R$ 501 mil. Além das metas previstas para os 180 dias, o novo secretário estabeleceu ações de desenvolvimento econômico e social da região metropolitana a serem colocadas em prática até 2008. Entre elas: implantação de caminhos ecológicos, integrando áreas de parques através de pistas de caminhada, ciclismo e cavalgadas; representar a capital nas discussões sobre o desvio do ramal ferroviário; compatibilização dos planos diretores de Curitiba e região metropolitana; e implantação de condomínios empresariais.

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