Os bancários podem encerrar hoje a greve, após três semanas de braços cruzados. Na Grande Curitiba, a nova proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) será votada na assembleia marcada para o fim da tarde, no Espaço Cultural Esportivo dos Bancários.
No sábado, a Fenaban ofereceu ao Comando Nacional dos Bancários abono de 63% das horas dos trabalhadores de seis horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de oito horas, de um total de 112 horas, além dos reajustes ofertados na sexta-feira (23): 10% para os salários, para a PLR e para o piso, e 14% para os vales refeição e alimentação. A proposta só é válida até hoje.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Elias Hennemann Jordão, comemora a oferta, segundo ele, resultado da greve. “Embora não seja o merecido, todo o avanço foi por causa da mobilização. A negociação chegou no limite e a orientação é que a proposta seja aceita. Mas quem vai decidir são os bancários, se eles aceitarem, a greve acaba, se não, continua”. Ele destaca que ainda há pendências a serem resolvidas com o Banco do Brasil e com a Caixa Econômica Federal.
Sem correria
Caso os bancários voltem ao trabalho amanhã, a normalização dos serviços não deve demorar. “Acredito que não vá haver muita aglomeração. O que vai acarretar dificuldades são as operações que devem ser feitas apenas dentro das agências. Mas o volume desses acertos não deve ser tão grande, muito foi resolvido pela internet e pelo autoatendimento”, avalia Jordão.
Os bancários estão parados desde 6 de outubro. A classe pedia reajuste de 16%, equivalente à reposição da inflação mais ganho real de 5%. A primeira oferta dos banqueiros foi de 5,5%.
