Ameaça de racionamento volta a rondar o Paraná

Chuva até sábado. Essa é a esperança da Sanepar para que não pense em racionamento de água este ano. Embora habitual durante o inverno, a seca que atinge todo o Paraná há pelo menos dez dias já fez baixar os níveis das represas da Grande Curitiba. No dia 1.º de setembro, as barragens de Piraquara e do Iraí operavam, juntas, com 74,2% da capacidade total, enquanto ontem o nível já havia chegado a 69,6%. Apesar da baixa, a estiagem do ano passado foi mais crítica, pois no mesmo período as duas operavam com 35% da capacidade.

?A possibilidade de racionamento ainda é remota, mas a quantidade de chuvas em agosto foi muito baixa, não choveu nem 15 milímetros, quando o normal é 60 ou 70?, explicou o gerente de Produção de Água de Curitiba e Região Metropolitana da Sanepar, Paulo Raffo. Ele disse que algumas compensações estão dando esperança à empresa. ?Só em julho choveu 120 milímetros?, comemorou. Raffo lembrou que o racionamento no ano passado terminou no dia 15 de setembro. Neste ano ainda nem começou e, caso chova, não será necessário. ?Caso não chova em setembro, levamos normalmente de dois a três meses para pensar em uma atitude de racionamento. Então pedimos para que a população não desperdice água.?

Segundo o meteorologista do Instituto Tecnológico Simepar, Tarcísio da Costa, esta semana o tempo vai continuar seco e quente. ?O inverno é o período em que menos chove no Paraná?, afirmou. Nos próximos dias, as temperaturas vão continuar elevadas, chegando a 37ºC em Foz do Iguaçu, na quinta-feira. Outro problema é a baixa umidade do ar. A Defesa Civil Nacional enviou ontem um alerta de baixa umidade a dez estados, inclusive o Paraná, onde os índices são os mais baixos do Brasil, cerca de 20%.

As represas da Vossoroca e do Capivari-Cachoeira, utilizadas para geração de energia elétrica, estão com 40,5% e 58% de suas capacidades, respectivamente. Esses valores, segundo a Copel, não são preocupantes, na medida em que a Usina Chaminé (do Vossoroca, em São José dos Pinhais) tem apenas 18 megawats de potência. De acordo com a Copel, todo o sistema elétrico do País é interligado e um estado pode utilizar a energia de outro, se necessário.

Voltar ao topo