Paraná inicia produção de vacinas por cultivo celular

O Paraná é pioneiro no Brasil na produção em larga escala da vacina anti-rábica de uso veterinário por cultivo celular. O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), vinculado à Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, já produziu o primeiro lote com a tecnologia inédita. Agora, o lote está sendo encaminhado para o controle nacional no Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), em Campinas, para a vacina poder ser liberada para o consumo em todo país.

 O lote produzido em Curitiba já passou pelos testes internos e, quando for liberado, poderá ser distribuído para o Ministério da Saúde, que é o comprador. De acordo com a expectativa dos técnicos do Tecpar, a liberação deve ocorrer até o início de novembro.

?Essa mudança representa a passagem do Tecpar para atender o padrão tecnológico mundial, que, para esse tipo de imunobiológico, é o cultivo celular. Com isso, também se abre o caminho para a comercialização no Mercosul, pois essa vacina tem uma aceitação muito grande em países vizinhos?, analisa Renato Rau, diretor de produção do Tecpar.
 
Sem sacrifício

A principal diferença da nova vacina é o método de produção por cultivo celular, o que, além de evitar sacrifício de animais, permite a obtenção de um produto mais puro e capaz de induzir maior produção de anticorpos.

Método descoberto por cientistas japoneses em 1961, o cultivo celular utiliza células provenientes de animais ou vegetais e, na nova vacina desenvolvida pelo Tecpar, são utilizadas as BHK21 (células renais de hamster).

A nova vacina anti-rábica é um produto mais purificado, sendo mais seguro para os animais por não provocar efeitos colaterais. Além disso, por ser produzida em células, contém uma quantidade maior de vírus, induzindo uma resposta mais elevada e duradoura.

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