Para presidente nacional do PFL, governo está corroído pela corrupção

O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), afirmou que o
governo "está corroído pela corrupção". "Só a presença de uma figura como Marcos
Valério, cuja credibilidade passou a ser zero, que financiava nomeações e outras
coisas mais no governo, mostra que o governo estava corroído pela corrupção",
afirmou.

Para o presidente do PFL, o governo continua errando ao ampliar
a participação do PMDB no poder Executivo. "O presidente Lula deveria ter
cortado pelo menos quinze ministérios e tentado formá-los com pessoas de
destaque na sociedade, o que poderia recuperar a sua credibilidade perdida",
avaliou. "O ministério é tão ruim que deveria ser mudado integralmente."
Bornhausen disse que tem faltado humildade ao PT para reconhecer os seus erros.
"A arrogância tem prevalecido. É a hora do PT purgar os seus pecados", disse.

O senador reiterou que o PFL "é oposição desde o primeiro dia e assim
será até o último dia do governo Lula". "Não teremos acordos, conchavos ou união
nacional." Para o senador, o presidente Lula deve cumprir até o fim o seu
mandato. "Ele será condenado a disputar e perder a eleição. Assim, estaremos
livres de uma incompetência já comprovada na direção deste País", opinou. Ele
disse não acreditar na reeleição de Lula. "O povo brasileiro dessa vez vai
refletir. Chega de promessas não cumpridas, de incompetência e de corrupção." O
presidente do PFL acredita que a CPI que apura as denúncias do mensalão vai
cumprir o seu papel.

"Nós do PFL queremos a punição, com todo rigor, dos
corruptos e corruptores do poder Executivo e dos parlamentares que venderam seus
mandatos", disse. Sobre as denúncias do mensalão, o senador afirmou que os fatos
estão indicando claramente que há indícios de sua existência. "Isso é muito
grave e tem que ser apurado. A CPI está fazendo seu papel e vai cumpri-lo.
Precisamos conhecer a verdade e punir os culpados. Evidentemente, há
representação dos partidos políticos nela e cada um deles dá a sua orientação. A
do PFL é a verdade, custe o que custar, doa a quem doer", destacou.

A
respeito da participação do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, nas
denúncias de corrupção, Bornhausen disse que isso deverá ser apurado pela CPI.
"Evidentemente, ele está numa situação difícil desde o caso Waldomiro Diniz, que
era seu auxiliar n a Casa Civil", lembrou.

Com relação ao ministro Luiz
Gushiken, o senador afirmou que ele precisa se defender daquilo de que está
sendo acusado. "A sua ex-empresa apresentou um progresso extraordinário nos
últimos anos através de contratos com fundos de pensão. Como ministro ou
ex-ministro, ele terá de dar satisfações à sociedade", finalizou.

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