Para Furlan, segundo semestre deve ser bem melhor que o primeiro

O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou ontem que vê um clima bem mais tranqüilo na produção neste segundo semestre do ano. Após participar do evento Brasil com Z, organizado pelo Grupo Estado, ele comentou o resultado da produção industrial de agosto divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e se mostrou confiante em relação ao crescimento do País.

Furlan argumentou que o desempenho do terceiro trimestre é bom não só pela vitalidade das exportações, cujos números já foram divulgados, mas também pelo próprio mercado interno. "Em agosto, o setor automobilístico, por exemplo, bateu recorde de vendas (152 mil veículos, segundo a Fenabrave) para o período de um mês." Sobre a queda verificada em setembro, o ministro explicou que o desempenho deve-se ao fato de o mês ter tido menos dias úteis do que o período anterior. "A produção está ligada aos dias úteis. Agosto teve 23; setembro, 20; e outubro, 21. Mas posso afirmar que a produção está crescendo.

Segundo Furlan, a expectativa é de que o segundo semestre seja bem melhor que o primeiro. No setor agrícola, completou, com a expectativa de estabilidade da taxa de câmbio, muitos setores estão fazendo vendas futuras da safra que está sendo plantada agora.

Durante sua palestra no evento, o ministro afirmou que a reforma tributária e a melhora da infra-estrutura podem ampliar o volume de investimento para o País. Ele citou uma pesquisa divulgada recentemente em que 80% das respostas indicavam a carga tributária como principal inibidor de investimentos no Brasil, bem acima da taxa de juros.

Apesar disso, o ministrou afirmou que o Brasil do século 21 entra numa nova fase, em que não depende de forças externas para se desenvolver e crescer. "Se a sociedade se engajar em torno de algumas prioridades, teremos um País muito melhor. Entre as prioridades está o crescimento, que inclui desenvolvimento, inclusão social e educação", disse o ministro.

Ele argumentou, entretanto, que para continuar dando um salto para o futuro, o País precisa ter gente preparada, capacitada e treinada.

Voltar ao topo