Palocci: novo acordo com FMI, se firmado, terá menos dinheiro

O Fundo Monetário Internacional aprovou a quarta revisão do acordo com o Brasil, sem mudanças nos parâmetros estabelecidos desde a segunda revisão, em janeiro deste ano. “A carta do fundo fala que a revisão foi absolutamente adequada. Os números estão conforme as previsões do início do ano e, por isso, aprova a revisão”, disse o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, referindo-se à nota técnica que o fundo deverá divulgar ainda hoje.

Esta foi a penúltima revisão do acordo de U$ 30 bilhões, firmado em setembro do ano passado. Na próxima, marcada para novembro, o governo brasileiro e o fundo discutirão a possibilidade de realização de um novo acordo, mas o ministro adiantou que, caso a decisão seja por um novo empréstimo, o montante será inferior ao atual e as regras terão como perspectiva o crescimento econômico. “A diferença é que vivemos hoje um outro momento”, disse, ao lembrar que em setembro do ano passado o Brasil vivia a perspectiva de uma grave crise econômica. “Hoje se você olhar para frente, vê a possibilidade real e objetiva de crescimento econômico. Então o acordo é outro”, ressaltou.

Ele voltou a afirmar que a decisão do novo acordo será técnica, sem interferências políticas, e servirá como suporte fiscal. “O acordo só tem sentido se tecnicamente tiver colocado a necessidade de fazer”, afirmou. Palocci disse ainda que o Brasil não precisa de acordos com o FMI para adquirir a confiança do mercado. “O que dá credibilidade ao governo é o cumprimento da agenda proposta no inicio do ano. Como ela está sendo cumprida, a credibilidade está crescendo”, comentou. O ministro não informou quando o governo sacará os US$ 4,2 bilhões liberados hoje e disse que o montante servirá para engordar as reservas brasileiras.

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