Oposição propõe acordo para liberar votações na Câmara

Os líderes dos partidos de oposição (PSDB, PFL e PPS) propuseram nesta segunda-feira (19) à tarde, ao presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), um acordo pelo qual suspenderiam a estratégia de obstruir as votações enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) não responder ao pedido deles para que mande a Câmara instalar a CPI do Apagão Aéreo. Os líderes disseram que suspenderiam a obstrução se a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa não votar amanhã o recurso do PT contra a CPI e se Chinaglia responder de forma rápida ao pedido de informações feito pelo STF.

Chinaglia disse que ouvirá o líder do Governo na Câmara, deputado José Múcio Monteiro (PTB-PE) e que dará ainda hoje uma resposta à proposta de acordo feita pelos líderes da oposição, os deputados Onix Lorenzoni (PFL-RS), Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP) e Fernando Coruja (PPS-SC). Os líderes oposicionistas lembraram que os episódios de atrasos de vôos no fim de semana reforçam a necessidade de instalação da CPI.

Eles lembraram que até agora não houve quórum para começar a parte da sessão da Câmara reservada às votações, porque os deputados não conseguem chegar a Brasília por causa da crise no tráfego aéreo. Até o momento, registraram presença no plenário 168 deputados, mas, para que sejam realizadas votações, é necessário o quórum mínimo de 257 deputados em plenário.

"Não dá para o governo continuar alegando que (o tráfego aéreo) está em plena normalidade e que não há fato para a instalação da CPI", afirmou Pannunzio. "O governo dizia que tinha resolvido a questão, mas ficou evidenciado que a crise continua. Isso fragiliza a posição do governo de que não precisa haver CPI", comentou Fernando Coruja.

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