Uma tecnologia de pavimentação já utilizada em oitenta países do mundo deve começar a ser testada no Brasil a partir do mês que vem. Trata-se de um pavimento composto por enzimas, catalisadores e outras substâncias que, até o próximo dia 11, deve ser usado em duas vias de Curitiba, ainda a serem definidas pela Prefeitura.
Segundo o diretor-geral da Cypher Brasil, que é representante da Cypher International, empresa responsável pela tecnologia, Edward John Kusztra, o produto composto por enzimas é misturado com água e depois com o solo. Ele gruda nas partículas de argila presentes no solo, possibilitando que elas se unam umas às outras e evitando que substâncias orgânicas também se juntem a elas.
“Após receber o produto, o solo fica como uma pedra e se torna impermeável. Sua resistência aumenta em até 1.250% em comparação ao solo não tratado”, explica Edward. Depois que tudo é compactado, a rua que recebeu a pavimentação já pode ser aberta para o tráfego, recebendo ou não encapamento asfáltico.
Bastante utilizada no Canadá, Edward revela que a duração da pavimentação feita com o produto composto por enzimas é maior do que a dos sistemas de pavimentação convencionais, sendo superior em 12 anos. “O produto é feito para agüentar tráfego pesado e não necessita de manutenção. Pode ser utilizado junto com outros tipos de capas asfálticas ou receber pó de pedra por cima, o que melhora a aderência, deixando sua superfície menos lisa”, diz.
O diretor-geral também explica que o produto é biodegradável, sumindo completamente do solo em 25 dias, e econômico. “Se só esse método for utilizado, o custo de construção de uma rodovia pode ser reduzido em até 80%”, finaliza.