Serviço secreto prende suspeito de ataque em Cabul

O serviço de inteligência afegão prendeu um militante vestindo uniforme da polícia que teria participado do ataque ontem a um luxuoso hotel de Cabul, que deixou oito mortos, segundo autoridades locais. O atentado foi assumido pelo Taleban, o primeiro contra um hotel da capital desde que a milícia fundamentalista islâmica foi derrubada pela invasão americana de 2001.

Segundo o líder do serviço secreto Amrullah Saleh, três militantes atacaram o Serena Hotel. Um guarda atirou em um deles fazendo com que o colete de explosivos que vestia fosse detonado. O segundo atacante teria se explodido no hall do hotel e o terceiro teria conseguido entrar, atirando e jogando granadas do hall até a sala de ginástica.

Ainda há informações divergentes sobre o ataque e o número de mortos. Saleh disse que três americanos e uma francesa foram mortos, mas a embaixada americana disse que apenas um de seus cidadãos foi morto. A embaixada da França informou que não tem conhecimento de vítimas francesas. O porta-voz do Serena Hotel disse que três empregados e dois guardas foram mortos. Autoridades disseram que um cidadão americano e um repórter norueguês também morreram e o departamento de assuntos estrangeiros das Filipinas disse que uma filipina ferida no ataque morreu nesta terça.

O ataque ocorreu durante um evento promovido pela Embaixada da Noruega que contava com a presença do chanceler norueguês, Jonas Gahr Stoere. O chanceler foi levado para o porão e escapou ileso. A Noruega mantém 500 soldados no Afeganistão como parte de uma força internacional liderada pela Otan. Um porta-voz do Taleban disse que o hotel de cinco estrelas foi visado porque "é onde a liderança do inimigo fica". Um porta-voz disse que o hotel foi fechado para reparos.

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