Israel ameaça deixar investigação de ataque a flotilha

Israel ameaçou hoje retirar-se da investigação patrocinada pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a ação militar israelense contra uma flotilha humanitária que resultou na morte de pelo menos nove cidadãos turcos. A ameaça israelense veio à tona depois de o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ter qualificado como inegociável a possibilidade de soldados de Israel serem chamados a depor sobre a ação militar ocorrida em águas internacionais na madrugada de 31 de maio.

Israel aceitou participar da investigação na semana passada. A inesperada ameaça de retirar-se do inquérito veio à tona apenas algumas horas depois de o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ter defendido a ação militar. Netanyahu afirmou nesta segunda-feira que Israel agiu de acordo com as leis internacionais quando atacou uma flotilha com ajuda humanitária encabeçada por um navio de bandeira turca que se dirigia à Faixa de Gaza. A declaração de Netanyahu foi feita a uma comissão de inquérito israelense que investiga o caso.

A única função do comitê é examinar a legalidade internacional do bloqueio naval e das ações tomadas para mantê-lo. Os integrantes do painel não estão autorizados a investigar o processo de tomada de decisão que levou à operação nem têm autoridade para interrogar os soldados envolvidos na ação.

O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, será questionado na terça-feira. No dia seguinte, será a vez do Chefe das Forças Armadas, Gabi Ashkenazi. Os dois devem ser questionados sobre os aspectos operacionais da abordagem dos navios. Com informações da Dow Jones.

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