Interpol: atentado no Marrocos foi provavelmente suicida

A agência policial internacional Interpol qualificou o ataque contra um café cheio de turistas no Marrocos como um provável atentado suicida. Também hoje, o governo marroquino disse que entre os 15 mortos pelo ataque havia dois canadenses, dois franceses, um holandês e dois marroquinos.

Hoje, a polícia tentava impor a calma na cidade turística de Marrakesh, um dia após um dos piores ataques terroristas já realizados no país. Investigadores buscavam reconstituir o ataque e identificar os responsáveis.

O Ministério do Interior confirmou 15 mortes em comunicado, e sete das vítimas já foram identificadas. A agência estatal MAP chegou a divulgar o número de 16 mortos. Vinte pessoas ficaram feridas.

A praça de Marrakesh onde ocorreu o atentado estava isolada pela polícia hoje. O ataque ocorreu no coração do bairro velho da cidade, a praça Djemma el-Fna, uma das principais atrações de um país cuja economia depende em grande medida do turismo.

O porta-voz do governo Khalid Naciri disse que ainda não se sabe quem é o culpado pelo atentado. Porém ele afirmou que o Marrocos já desmantelou várias células terroristas vinculadas à Al-Qaeda e frustrou vários atentados.

Muitos se perguntam se haverá uma onda repressiva no país, como ocorrido após atentados suicidas em Casablanca, em 2003, ou as reformas prometidas pelo rei Mohamed VI para responder aos recentes protestos. O porta-voz do governo disse que o ataque não acabaria com as reformas.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, condenou o “ataque covarde”. Já a França, ex-metrópole colonial do Marrocos, enviou uma equipe para ajudar na investigação, disse um porta-voz do governo de Paris. As informações são da Associated Press.

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