EUA não encontram indícios de uso de armas químicas na Síria

O serviço de inteligência dos EUA não detectou novos indícios de que a Síria esteja planejando usar armas químicas contra as forças rebeldes. O anúncio foi feito pelo secretário da Defesa, Leon Panetta, hoje.

“Estamos acompanhando a situação atentamente e deixando claro [às autoridades sírias] que, em nenhum caso, devem ser utilizadas armas químicas contra sua própria população”, afirmou.

Vários países ocidentais emitiram alertas na última semana, solicitando que o ditador Bashar Assad não usasse armas químicas contra a população. Alguns dos documentos citavam relatórios emitidos pelos EUA, nos quais oficiais afirmavam que o governo da Síria poderia estar se preparando para usar gás venenoso.

Na semana passada, autoridades americanas que não quiseram se identificar afirmaram que o Exército sírio havia carregado bombas com gás sarin para lançá-las de um avião.

Em entrevista na quinta, o vice-chanceler, Faisal Maqdad, acusou as potências ocidentais de usar a suspeita para justificar uma intervenção militar. “Nós tememos uma conspiração dos Estados Unidos e de alguns países europeus, que devem ter entregado esse tipo de armas a terroristas na Síria para nos acusarem mais tarde de termos usado essas armas”.

“Eu gostaria de acreditar que ele [Assad] entendeu a mensagem. Nós fomos bem claro e os outros [países] também”, disse Panetta. Desde o início da revolta, em março de 2011, mais de 40 mil pessoas morreram na Síria, segundo ativistas. A ONU (Organização das Nações Unidas) estima que mais de 250 mil se refugiaram em países vizinhos, enquanto 2,5 milhões se deslocaram para áreas mais tranquilas.

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