Dia do Trabalho é marcado por manifestações no mundo

Ativistas marcaram o Dia do Trabalho com uma grande marcha de 200 mil pessoas em Istambul e manifestações em outras cidades do mundo, exigindo melhores empregos, condições de trabalho e salários mais altos. Grande parte das marchas do “1º de maio” teve caráter pacífico. Na capital da Turquia, cerca de 200 mil trabalhadores se concentraram na Praça Taksim, na maior demonstração desde que 34 pessoas morreram no 1º de maio de 1977, quando uma troca de tiros deflagrou desespero entre os participantes.

Os sindicatos turcos não tinham permissão para voltar à praça até o ano passado. “Queremos esclarecimentos sobre o massacre de 1977”, disse Suleyman Celebi, que concorre a uma vaga no Parlamento nas eleições de junho, para a CNN turca. Celebi foi líder de um dos maiores sindicatos locais, o Disk.

Na Ásia, uma das maiores manifestações ocorreu na Coreia do Sul. De acordo com a polícia sul-coreana, cerca de 50 mil pessoas se concentraram em Seul para pedir melhores diretos trabalhistas, para que o governo refreie a inflação crescente, uma preocupação na Ásia, onde preços de alimentos e petróleo tem tido escalada e ameaçam empurrar milhões de volta à pobreza. Em Seul, os manifestantes se dirigiram ao edifício da Assembleia, mas não houve violência, segundo a polícia.

Milhares de trabalhadores também marcharam em Taiwan, Hong Kong e Filipinas para manifestar repúdio ao aumento do custo de vida e da desigualdade entre ricos e pobres. Em Taiwan, cerca de duas mil pessoas protestavam em Taipé contra a crescente desigualdade de renda e demandar melhores condições de trabalho.

Na China, hoje foi o segundo de três dias de feriado. Pela manhã, milhares de chineses rumaram para a Praça Tiananmen, em Pequim, para acompanhar a cerimônia de hasteamento da bandeira. O jornal People’s Daily, do Partido Comunista, exaltou a importância dos trabalhadores na economia e no mundo em transformação. “Trabalhe de forma diligente, honesta e inovadora”, dizia uma manchete.

Nas Filipinas, manifestantes protestaram contra o presidente Benigno Aquino III, por ter comprado um carro de luxo. Cerca de três mil trabalhadores exigiam salários mais altos em Manila. Os manifestantes marcharam para a ponte que dá acesso ao palácio presidencial de Malacanang, que estava bloqueada com arame farpado e forças de segurança com armas pesadas. Antes, Aquino se encontrou com líderes trabalhistas para um café da manhã.

Em Hong Kong, milhares participaram de diversas marchas mesmo com o estabelecimento do salário mínimo pela primeira vez no país. Cerca de três mil pessoas protestaram e mais cinco mil devem tomar parte nas demonstrações à tarde, segundo a mídia local, citando sindicalistas. O governo diz que cerca de 300 mil trabalhadores vão se beneficiar na nova legislação que estabelece salário mínimo em 28 dólares de Hong Kong, equivalente a US$ 3,60 norte-americanos, por hora. Mas os sindicatos estão descontentes pela forma que o mínimo foi implementado pelo governo, argumentando que não está especificado se a parada para o almoço e o dia de descanso seriam remunerados. As informações são da Associated Press.

Voltar ao topo