A Bacia de Santos, um dos principais complexos de exploração e produção de petróleo e gás natural da Petrobras, segundo o presidente da empresa, José Eduardo Dutra, possui reservas de gás da ordem de 420 milhões de metros cúbicos.
A estatal estuda a possibilidade de antecipar a extração de gás do campo BS-400, ao invés de cumprir essa meta somente em 2008, como estava planejado. Dutra assegura que a medida não está subordinada aos problemas que a Bolívia venha a enfrentar na produção de gás natural.
O crescimento do consumo interno de gás natural no Brasil levou a direção da estatal a mudar seu planejamento, até porque a expectativa de consumo na região Sudeste apresenta um horizonte bastante promissor.
Entre 2004 e 2010, as previsões feitas pela Petrobras indicavam crescimento anual de 14,8%, ao passo que combustíveis líquidos de maneira geral se expandiriam em apenas 2,8%.
A empresa processa atualmente 1.869.914 barris/dia de petróleo, resultado atribuído à integração das equipes de trabalho em todas as frentes. Ao longo de 2005, a produção média diária será de 1,7 milhão de barris.
O excelente desempenho deve ser creditado à entrada em operação das plataformas P-43, 48 e 50 e ao aporte de 450 mil barris/dia à produção brasileira de petróleo. A redução de 2,8% registrada em 2004 deverá ser compensada pela operação das três plataformas, que atingirão capacidade máxima em julho.
Num panorama de total instabilidade como é o do petróleo, hoje transformado numa moeda de inquietante barganha política, o Brasil terá muito a ganhar se enfrentar com sabedoria e sobriedade os desafios de seu modelo energético.