Ministro diz que prioridade é resgatar capacidade de investimento do Estado

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta quarta-feira (09) que uma de suas prioridades é resgatar a capacidade de investimento do Estado, de modo a poder pensar e planejar o país a médio e longo prazo. A declaração foi feita durante o lançamento do livro ?Brasil: o Estado e uma Nação?, editado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Ele disse que o trabalho de pesquisa apresentado no livro é um retrato da realidade brasileira em seus aspectos econômico, social e político. ?Com certeza é mais um instrumento valioso para a tarefa de pensar e planejar políticas públicas num prazo mais longo, de 10, 15 anos?, afirmou.

De acordo com o ministro, o trabalho do Ipea, coordenado pelo pesquisador Paulo Tafner, é mais um reforço no sentido de ?planejar as ações que o Estado tem que adotar, com os olhos em horizontes mais longos, de modo a pensar que tipo de país queremos e quais as políticas que temos de adotar e orientar para chegarmos onde queremos?.

O trabalho foi apresentado pelo presidente do Ipea, Luiz Henrique Proença Soares, seguida de ampla explanação audiovisual, no auditório do ministério.

Em sua exposição, o presidente do Ipea disse que o Brasil tem, atualmente, melhores condições para investimento e geração de empregos do que há dez anos, apesar da falta de recursos públicos para investimentos, ?tarefa que tem ficado com o setor privado?.

Citou também que o país tem hoje cobertura total de ensino básico, ?e de modo geral o acesso a todos os níveis de ensino melhorou?. Ressaltou, no entanto, a necessidade de um ensino de melhor qualidade para abrir as portas de empregos melhor remunerados.

Os números apresentados pelo Ipea apontam avanços nos níveis de emprego, com base em dados de 2004/2005, referentes aos últimos dez anos. Mostram, por exemplo, que o desemprego médio ficou abaixo de 10%, embora mais de metade da população econômica ativa (PEA) atue do trabalho informal.

O pesquisador Paulo Tafner revelou preocupação com relação ao envelhecimento da população brasileira. Ele disse que em 1950 apenas 4,1% da população tinham mais de 60 anos de idade. Esse índice cresceu para 8,6%, de acordo com o Censo de 2000. Essa evolução, segundo o pesquisador, levará à estabilidade da população em torno de 225 milhões de pessoas por volta do ano 2030.

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