O Ministério Público do Rio Grande do Sul ofereceu denúncia à Justiça contra o zagueiro Antônio Carlos, do Juventude, nesta quarta-feira, por de prática de racismo contra o volante Jeovânio, do Grêmio.
O incidente ocorreu no jogo entre os dois times, no dia 5 de março, em Caxias do Sul. Depois de fazer uma falta violenta, Antônio Carlos foi expulso e saiu do campo esfregando os dedos sobre seu braço, indicando a cor da pele do adversário.
Se for levado a julgamento e condenado, o zagueiro poderá pegar de um a três anos de prisão. Mas ele pode evitar o processo. Os promotores Diego de Vilas e Rafael Freitas Santos ofereceram o benefício da suspensão condicional do processo. Para isso o jogador terá de aceitar comparecer periodicamente ao juizado de Caxias do Sul e mandar imprimir e distribuir 10 mil panfletos com as frases "Somos todos iguais" e "Diga não ao racismo" em eventos esportivos na cidade da serra gaúcha.
No julgamento esportivo, feito pelo Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Gaúcha de Futebol, Antônio Carlos não foi condenado por racismo, mas pegou uma suspensão de 120 dias, que vai até a metade de julho, pela agressão.