Metas do Milênio

Até 2015, limite de tempo preconizado pela Organização das Nações Unidas, 191 países filiados deverão alcançar as oito Metas do Milênio a fim de oferecer melhor qualidade de vida a seus habitantes, em especial à população mais pobre.

O ministro Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social, ao participar de fórum específico para analisar o andamento das providências que os governos se comprometeram a tomar para diminuir as diferenças sociais, afirmou que o governo Lula trabalha para estender a todos os brasileiros o direito de se alimentar todos os dias, com regularidade e qualidade.

Por sua vez, Anna Peliano, diretora de Estudos Sociais do Ipea, órgão do Ministério do Planejamento, comentou que o Brasil tem condições de superar algumas das oito Metas do Milênio.

Segundo ela, o País já teria atingido a meta da universalização do ensino básico fundamental, além de ampliar a proporção fixada pela ONU para a redução da pobreza da metade para um quarto da população qualificada como indigente.

A outra conquista elogiável é assegurar a permanência das crianças por oito anos na escola, ao invés dos quatro anos estipulados pela própria Organização das Nações Unidas. Como os governantes dispõem de dez anos para avançar na direção das melhorias sociais e humanas recomendadas e, em se tratando de projeto carimbado por organização internacional que não admite modificações, as metas são plenamente exeqüíveis.

Na verdade, até o esgotamento do prazo dado pela ONU, no caso brasileiro haverá dois mandatos presidenciais. Este ano dar-se-á a sucessão do presidente Lula, contando-se dentre as possibilidades a sua reeleição. Em 2010, novo presidente será eleito para governar até 2014.

Queira Deus que haja homens de larga visão social, comprometidos com o efetivo bem-estar da população e não apenas movidos pelo desejo efêmero do poder pelo poder. A história recente nos mostra exemplos maléficos de políticos que sucumbiram em seus devaneios de grandeza, na mesma proporção de sua falta de seriedade.

Políticas públicas coerentes e duradouras, para não dizer permanentes, ou seja, que não mudem a cada período presidencial como as birutas nos aeroportos, é o que se requer dos atores vocacionados para a vida pública, item que doravante pesará seriamente na avaliação dos eleitores. O resto é pura encenação.

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