Mantega diz que ciclo de crescimento atual é mais duradouro

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou ao discurso triunfalista de que o Brasil vive um período de crescimento robusto sem precedentes na história do País porque não ocorre com "acúmulo de desequilíbrios" em variáveis macroeconômicas. E novamente passou um recado aos empresários: "o desafio (das empresas) agora é outro. É saber renovar-se, a melhor adequar-se aos novos e melhores tempos do Brasil e também aumentar a sua competitividade internacional". Ele destacou que hoje a discussão não é mais se o Brasil vai crescer, mas quanto vai crescer, se 4%, 4,5% ou 5%.

"Ouso dizer que o ciclo atual é mais sólido e duradouro que os ciclos do passado e tem a vocação para permanecer por mais tempo", disse Mantega, que mencionou até "uma consultoria que não morre de amores pelo nosso governo", que disse que o Brasil vive o melhor momento econômico de sua história.

Apesar das taxas de crescimento atuais serem mais baixas do que as presenciadas no chamado Milagre Econômico (anos 70) e no Plano de Metas de Juscelino Kubitschek (final dos anos 50), o ministro ressaltou que agora o Brasil avança de forma vigorosa sem pressões inflacionárias, com as contas externas em ordem, a dívida pública em queda. "As peças da engrenagem estão funcionando todas em harmonia e estão fazendo a economia crescer", disse o ministro, que participou da cerimônia de entrega do prêmio Parceiros do Desenvolvimento, promovido pelo jornal Correio Braziliense. "É um movimento sem artificialismos, que este governo se recusa a adotar".

Mantega destacou que há setores no Brasil que já crescem a taxas chinesas, mencionando a indústria automotiva, o varejo e a construção civil. E destacou que a atividade econômica está acelerada, mas beneficiando a população como um todo. "Já não se pode dizer que a economia vai bem e o povo vai mal. As condições de vida da população, sobretudo a mais pobre, mudaram rapidamente", afirmou, destacando o aumento no emprego e no poder de compra da população.

O ministro da Fazenda disse ainda que o Brasil não deve temer a globalização. "Estamos ganhando e vamos ganhar mais com ela", afirmou. Para ele, o governo está atuando e buscando mobilizar a iniciativa privada para "atualizarmos nossa infra-estrutura e reduzir custos", desde transportes até os financeiros e tributários, para dar mais competitividade em relação aos competidores do mercado internacional.

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