Londrina confirma os três primeiros casos de dengue de 2003

A Secretaria Municipal de Saúde anunciou hoje novos números de casos de dengue em Londrina. O levantamento, feito semanalmente, apontou 259 casos suspeitos da doença e três confirmados. Até o último fim de semana, a secretaria havia feito 188 notificações e nenhuma confirmação. Quase 60% dos casos notificados, um total de 154, estão nas proximidades do jardim Marabá (região leste).

De acordo com o coordenador do setor de Endemias da secretaria, Luiz Alfredo Gonçalves, os três casos confirmados da doença também são de moradores da região leste. As pessoas infectadas pelo mosquito são um homem de 35 anos, morador do jardim Santa Fé; uma mulher de 26 anos, residente no conjunto habitacional Pindorama e uma jovem de 17 anos, moradora do jardim Marabá. No último levantamento que aponta os índices por região, feito pela secretaria (nos meses de outubro, novembro e dezembro), a leste registrou a maior íncidência de focos do mosquito – 5,37% contra 0,96% na pesquisa anterior.

Gonçalves acrescentou que no ano passado foram notificados 1.511 casos suspeitos da doença em Londrina e desse total 422 já foram confirmados até agora pelo Laboratório Central (Lacen) do Estado. Desses, um caso era de dengue hemorrágica. As indicações para os pacientes infectados são, segundo o coordenador, repouso e ingestão de líquidos e medicamentos, apenas sob orientação médica, para aliviar a dor.

Ele disse ainda que os procedimentos da secretaria ao notificar casos suspeitos de dengue são a visita aos imóveis, a investigação do local em que foi contraída a doença e a eliminação dos focos, também por meio do fumacê.

Ações de combate

A chuva impediu que agentes da Secretaria de Saúde começassem a usar hoje as bombas costais motorizadas para aplicação do fumacê. Além do lançamento por veículos, o inseticida utilizado no combate ao Aedes aegypti será aplicado por funcionários da secretaria também por meio desses equipamentos. “Começaremos a aplicar o inseticida quando o tempo colaborar. A garoa e o vento atrapalham o trabalho”, disse Gonçalves.

O lançamento do inseticida por meio de bombas costais motorizadas é feito em duplas, sendo que uma das pessoas carrega o equipamento nas costas e a outra o manuseia, além de comunicar os moradores sobre a aplicação do produto.

A bomba tem motor movido à gasolina e um botão para ativar e desativar o funcionamento. “O motor se parece com aqueles de carrinho de cortar grama”, explicou Gonçalves. O cano pelo qual sai o inseticida permite ao aplicador direcionar para onde vai a fumaça. A outra pessoa fica responsável por ligar e desligar o equipamento, além de recarregá-lo quando necessário. “Quando passam perto de um açougue, por exemplo, eles param de lançar o fumacê.”

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