Governo evitará comentários sobre acordo com FMI

A falta de uma resposta positiva do mercado financeiro às seguidas declarações de apoio ao Brasil feitas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e por autoridades norte-americanas está preocupando o governo. A alta contínua do dólar – que hoje (31) chegou a R$ 3,60 e só recuou depois de uma forte intervenção do Banco Central – foi o tema da reunião, pela manhã, da Câmara de Política Econômica. No início da tarde, uma análise da situação foi levada pessoalmente ao presidente Fernando Henrique Cardoso pelos ministros da Fazenda, Pedro Malan, e da Casa Civil, Pedro Parente.

A avaliação do governo, segundo fontes ouvidas pela Agência Estado, é de que a economia passa por uma situação complexa, que reflete o cenário internacional adverso e as expectativas desfavoráveis em relação à campanha do candidato da aliança PMDB-PSDB, José Serra, e se traduz na deterioração do risco Brasil e na redução das linhas de financiamento para o País. Diante disso, ?pouco importa? a reafirmação diária de que o novo acordo com o FMI será fechado a curtíssimo prazo, bem como o pronunciamento feito ontem pela Casa Branca, respaldando a política econômica brasileira. A reunião da Câmara de Política Econômica teve a participação do presidente do Banco Central, Armínio Fraga, e de diretores da instituição.

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