Expectativa de inflação perde força no atacado e no varejo

Todos os indicadores de inflação apontados pelo Boletim Focus estão em baixa na
pesquisa desta semana. Tanto no comércio atacadista quanto no varejo, conforme
mostra o documento divulgado hoje pelo Banco Central.

O Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de parâmetro para a trajetória
de metas do governo, desceu de 6,38% para 6,35% na previsão para este ano,
considerando que a estimativa de inflação para este mês manteve-se em 0,57%,
devendo cair para 0,36% em junho, contra 0,40% da pesquisa anterior.

Essa
sinalização se reflete também na expectativa de inflação para os próximos 12
meses, que era de 5,85% no início de maio, caiu para 5,46% na pesquisa da semana
passada, e agora é de 5,38% para o IPCA acumulado.

Até o indicador de
preços administrados por contrato, ou monitorados (impostos, taxas,
contribuições, combustíveis, energia elétrica, telefonia, educação, remédios,
transportes e outros) deu o primeiro sinal de queda no ano. A previsão de
aumento acumulado de 7,84%, na pesquisa anterior, caiu para 7,80%.

O
Índice de Preços ao Consumidor medido pela Fundação Instituto de Pesquisa
Econômica (IPC-Fipe), que mede o comportamento de preços apenas na capital
paulista também desceu de 6,27% para 6,26%.

A inversão é conseqüência da
redução verificada nos preços no comércio atacadista há quatro semanas. No
início do mês, o Índice Geral de Preços ? Disponibilidade Interna (IGP-DI)
chegou a 6,94%, e agora está em 6,30%; e o Índice Geral de Preços do Mercado
(IGP-M) caiu de 6,90% para 6,44% no mesmo período.

São reduções
diminutas, considerando-se que a meta oficial de inflação para este ano é de
5,1%, mas sinaliza que o processo inflacionário perde força e, conseqüentemente,
existe espaço para o Banco Central parar com as elevações constantes da taxa
básica de juros (Selic), em alta desde setembro do ano passado.

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