Eletrobras considera positivo resultado do leilão de energia elétrica

O presidente da Eletrobrás, Silas Rondeau, considerou que a empresa teve resultado positivo no leilão de compra e venda de energia, realizado na terça-feira da semana passada, em São Paulo. Ele afirmou que a redução dos preços já era esperada pela diretoria do grupo e considerou a reação "absolutamente normal", diante de um mercado muito operante.

"Entendemos que naquele momento, em virtude de toda uma especulação que havia na questão da energia, foi uma reação esperada. Do ponto de vista do resultado da Eletrobrás consideramos positiva",disse ele. O presidente informou que as empresas do grupo agiram de maneiras distintas no leilão. Como exemplo citou a Eletronorte que, segundo ele, praticamente garantiu parte significativa de sua energia com eletrointensivos: "Consideramos também uma estratégia vitoriosa e todas as demais tiveram bom desempenho. No cômputo geral através da avaliação patrimonial da Eletrobrás, já identificamos um ganho".

Rondeau afirmou que a estratégia que está sendo praticada pela empresa visa a energia nova: "Estamos nos preparando dentro de uma base sólida para enfrentar o novo desafio que é o da energia nova. Trata-se de uma empresa que tem reduzido o problema de caixa e equacionado sua nova dinâmica de atuação nos investimentos novos, crescendo junto com a iniciativa privada, mas sempre contribuindo para o desenvolvimento do setor elétrico brasileiro".

O presidente da Eletrobras comentou ainda o impacto do resultado do leilão para os lucros das empresas do grupo em 2005. Para ele, o resultado individual deve ter melhorado porque o resultado de equivalência patrimonial da Eletrobrás foi positivo. "Naturalmente que não é uma coisa linear porque não houve uma atuação em grupo. Cada uma vai ter o seu resultado distinto. A Chesf, com certeza, vai ter lucro já anunciado e já previsto pela administração, equivalente a 2004. Furnas tem alguma coisa também parecida. Nós estamos convictos de que teremos um bom resultado fazendo o dever de casa: melhorar a eficiência de gestão e se possível reduzir os custos operacionais. Estamos atentos ao mercado e sempre procurando um modelo adequado".

Silas Rondeau afirmou também que não se pode culpar uma atuação do grupo pelo resultado do leilão. " Estamos tratando de um leilão que foi feito dentro de um livre ambiente competitivo de mercado. Tem que haver sobreoferta resultante", concluiu.

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