Setor eletroeletrônico baixa previsão de vendas

O setor eletroeletrônico é um dos que mais resistem à crise, mas redefiniu suas expectativas para este ano. Ao contrário de um aumento de 6% projetados para o ano  os fabricantes fizeram uma revisão para expansão de apenas 2 5%. Os dados foram divulgados pela Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) e têm como subsídio principal as próprias estimativas do governo, que prevê um crescimento menor para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano  além dos dados sobre emprego e renda, que desestimulam a manutenção do otimismo com o qual o setor trabalhava.

O setor também ligou o alerta para a revisão da meta de inflação e para a volatilidade do mercado financeiro. De acordo com Paulo Saab, presidente da Eletros, ?a indústria está ajustando suas previsões ao novo cenário projetado pelo governo para a economia. Esses fatores, somados, levaram o setor a trabalhar com uma perspectiva mais conservadora?.

Além das estimativas oficiais e da turbulência no mercado financeiro, Saab argumenta que ?as taxas de juros mantêm-se em níveis elevados e a economia não decolou conforme o previsto?. Esse ajuste ocorre a despeito do impulso dado pela Copa do Mundo às vendas de televisores e DVDs de janeiro a maio.

A revisão de metas obriga o setor a refazer as contas também da produção de televisores. Em lugar dos 5,2 milhões previstos, a expectativa caiu para 4,9 milhões, um aumento de 4% sobre as vendas de 2001. A projeção inicial era de aumento de 10%. Na linha de imagem e som, a estimativa é de crescimento em torno de 3% e na de portáteis, 2%.

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