Rosenberg prevê IGP-M no pico em 2015 no próximo trimestre

Entre maio e julho de 2015, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) deve atingir a maior variação acumulada no ano, após registrar um primeiro trimestre de altas expressivas, influenciadas por reajustes nos preços de energia elétrica e da gasolina. A avaliação é do economista Leonardo França Costa, da Rosenberg Associados.

“Nos próximos três meses, talvez o IGP-M atinja o máximo (no ano). Depende bastante do câmbio e das commodities no mercado internacional”, afirmou, ao comentar os resultados de abril do IGP-M, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Para ele, o indicador deve registrar variações mensais próximas de 1% no período.

O recente recuo do dólar, segundo França Costa, pode aliviar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva e acabar por dissipar, pelo menos em parte, a pressão do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) sobre o Índice de Preços ao Consumidor (IPC). “A soja que tinha subido quase 8% em março recuou para 2,43%”, citou como exemplo do arrefecimento dos preços no atacado em decorrência do recuo da cotação da moeda norte-americana.

França Costa espera que nos próximos meses o IPC “volte para as oscilações mais normais”, depois de variações fortes entre janeiro e março. “Transportes e Habitação, pressionados pelos reajustes de gasolina e energia, começam a arrefecer na margem, e Alimentação perde o fôlego com a sazonalidade”, pontuou.

Para o especialista, em 2015, o IGP-M não deve registrar quatro meses de deflação como ocorreu em 2014. “É preciso considerar que o preço das commodities não cai como no ano passado, além do efeito da pressão cambial internamente”, disse. A projeção da Rosenberg Associados para a taxa acumulada do IGP-M em 2015 está em 6,5%. No ano passado, o IGP-M teve alta acumulada de 3,69%.

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