Linha perigosa

Renegociação do teto da dívida traz riscos economia dos EUA, dizem economistas

A disputa em torno do teto da dívida do governo dos Estados Unidos pode surpreender e colocar em risco a economia do país, afirmam economistas ouvidos pelo Wall Street Journal.

Pela primeira vez desde a eleição de Donald Trump para a Casa Branca, em novembro, a maioria dos analistas e mercado e da academia consultados acreditam que os riscos à perspectiva econômica pendem mais para o lado negativo.

A mudança chega em meio a um atraso relativo das medidas prometidas pelo republicano, que ainda não conseguiu aprovar nenhuma medida significativa no Congresso. Ao mesmo tempo, se aproxima o momento em que o Legislativo deve retomar a discussão sobre uma elevação do teto da dívida federal, tema que tem causado distúrbios ao menos desde 2011, quando um impasse entre a Casa Branca, então liderada pelo presidente Barack Obama e o Congresso levou a Standard & Poor’s a rebaixar o rating dos EUA.

Em março, o país atingiu novamente seu teto da dívida, obrigando o Tesouro a lançar mão de estratégias para continuar a pagar a dívida do país. Para o Centro Bipartidário de Políticas Públicas, um think tank que acompanha o balanço do Tesouro, essas medidas devem durar apenas até outubro.

“Acredito que as vozes mais sóbrias vão prevalecer, mas o risco não é zero”, afirmou Amy Crews Cutts, economista-chefe da Equifax.

O Wall Street Journal entrevistou 60 economistas entre 2 e 6 de junho. Suas estimativas para desemprego e Produto Interno Bruto (PIB) pouco mudaram desde o último levantamento. Eles esperam que o porcentual de pessoas que procura trabalho cai para perto de 4,1% no final de 2018, e que a economia continue rodando perto dos 2%.

O risco de recessão nos próximos doze meses tocou 16%, ou cerca de 1 em 6. Ele continua bem abaixo de 2011, quando as chances se aproximaram de 1 em 3. Fonte: Dow Jones Newswires.

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