Pesquisar é preciso, mas material escolar é caro

Se em anos anteriores era comum a cena de pais percorrendo as papelarias na busca por melhores preços, este ano a maratona promete ser ainda mais intensa, porque a lista de material escolar está, em média, R$ 100,00 mais cara do que a do ano passado. As explicações para o aumento nos preços já são velhas conhecidas dos consumidores: a alta do dólar em 2002 e o repasse dos custos que as editoras tiveram para reformular livros e lançar edições mais atualizadas.

Os livros continuam sendo os grandes vilões do aumento. De acordo com os preços de uma das maiores livrarias de Curitiba, enquanto a lista completa de material escolar da primeira série do ensino fundamental está custando de R$ 80,00 a R$ 150,00 (dependendo da escola), a do primeiro ano do ensino médio varia de R$ 300,00 a R$ 400,00. “No ensino médio o número de livros exigidos é maior e eles são mais caros que os utilizados no ensino fundamental”, afirma a vendedora, Eliane Medeiros, que trabalha há mais de um ano numa livraria.

Para o casal Aparecida e Bartolomeu Hortolan, o aumento nos preços dos materiais escolares é multiplicado por três, visto que todos os seus filhos estão em idade escolar. “Tentamos driblar o impacto deste gasto sob o nosso orçamento, buscando melhores condições de pagamento, melhores preços e aproveitando alguns materiais do ano passado. Mesmo assim nos assustamos quando o caixa nos informou o valor final da compra”, conta Aparecida.

Contrariando uma das principais recomendações dos órgãos de defesa dos consumidores, a Brasil Escolar -uma rede nacional de papelarias, que existe há mais de dez anos – defende que pesquisar preços antes das compras, nem sempre representa uma grande economia.

Há três anos, as 560 papelarias que compõem a rede organizam o chamado Listão da Economia. O listão é um kit composto por 18 produtos escolares básicos e de boa qualidade que são solicitados por todas as escolas sejam elas particulares ou públicas. Para este ano, foram montados três kits: um destinado aos alunos da educação infantil (do maternal à pré-escola); outro para os estudantes da primeira a quarta séries do ensino fundamental; e o último é direcionado aos de quinta a oitava. “Não fazemos para o ensino médio, porque os materiais exigidos variam muito de escola para escola”, explica Saide Tayar, diretor de Comunicação e Marketing da Rede Brasil Escolar.

No Listão da Economia, os preços praticados são mais baratos por serem adquiridos em grande volume pela Rede e comprados com antecedência. A partir da próxima quarta-feira, este listão já estará disponível nas papelarias que integram a Rede. A previsão é de que os preços dos três kits tenham um valor semelhante aos do ano passado. “Posso dizer que o custo de cada kit terá um acréscimo inferior a um dígito”, adianta Saide. Por enquanto, o consumidor pode entrar em contato com a Brasil Escolar pelo email:

brasiles@vaz.com.br.

Compre agora só o indispensável

A Rede Brasil dá as seguintes sugestões para se economizar nas compras de material escolar:

* Antes de sair de casa faça uma análise dos materiais que poderão ser aproveitados, em geral, isto permite uma economia de 20%;

* Não faça “economia tola”, ou seja, compre materiais de qualidade para evitar novas compras no decorrer do ano por problemas como: canetas cujas tintas acabam rapidamente e lápis que o grafite está quebrado;

* Deixe para trocar a pasta escolar ou a mochila do seu filho após este período de volta as aulas, pois os preços tendem a baixar;

* Vá as compras sem o seu filho, porque provavelmente ele irá preferir os artigos da moda.

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