Juros aumentam dívida pública mobiliária

Brasília (ABr) – A Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi), que envolve todos os títulos oficiais em poder do público, fechou o mês de janeiro em R$ 984,93 bilhões, com acréscimo de 0,53% (R$ 5,27 bilhões) em relação aos R$ 979,66 bilhões contabilizados no encerramento de 2005. A diferença foi atribuída exclusivamente ao pagamento de juros da dívida, de acordo com o coordenador-adjunto de Operações da Dívida Pública, do Tesouro Nacional, Ronnie Tavares.

Tavares afirmou que houve expressiva captação de títulos em janeiro, quando os resgates de papéis em poder do público superaram as emissões em R$ 6,9 bilhões. Os resgates totais foram de R$ 74,7 bilhões, envolvendo R$ 42,1 bilhões de vencimentos no mês e R$ 32,7 bilhões de antecipações em operações de compra e troca. Enquanto isso, o Tesouro emitiu e colocou em oferta pública R$ 67,8 bilhões em títulos com vencimentos entre 2007 e 2045.

O coordenador-adjunto do Tesouro disse que o prazo médio de vencimento dos títulos passou de 27,37 meses, em dezembro de 2005, para 28,76 meses, em janeiro, com ?evidente melhoria na composição da dívida?. Com isso, a parcela da DPMFi a vencer nos próximos 12 meses caiu de 41,64% (R$ 407,91 bilhões) em dezembro para 40,57% (R$ 399,58 bilhões) em janeiro.

De acordo com relatório conjunto do Tesouro Nacional e do Banco Central sobre a dívida interna, distribuído ontem, quando se adicionam as operações de mercado aberto realizadas pelo BC, a dívida total do país aumenta para R$ 1,042 trilhão.

A parcela da dívida corrigida pela taxa Selic fechou janeiro em 49,5% do estoque – menor percentual desde novembro de 2001. Em dezembro de 2005, os títulos indexados à taxa básica de juros correspondiam a 51,8% da dívida. A queda em janeiro ocorreu porque o Tesouro Nacional fez um resgate líquido de R$ 27,1 bilhões em LFTs.

Em janeiro, o governo conseguiu não apenas zerar a exposição cambial da dívida pública, mas ficar com um crédito em moeda estrangeira. No primeiro mês do ano, a parcela do endividamento exposta à variação cambial ficou em -0,6% do estoque, contra 1,2% em dezembro de 2005. 

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