A hotelaria brasileira receberá R$ 5,4 bilhões em investimentos nos próximos cinco anos, com previsão de abertura de 450 novos estabelecimentos. O Paraná concentrará 6% do volume total, cerca de 25 hotéis, segundo estudos de consultorias especializadas. “O mercado paranaense está crescendo muito em termos industriais, o que pode levar a um incremento do parque hoteleiro, principalmente no segmento de turismo de negócios”, avalia a diretora-superintendente da Equipotel, Katia Castro. As informações foram divulgadas em entrevista coletiva on-line realizada ontem à tarde.
O montante de investimentos previstos inclui desde o projeto até a instalação total dos hotéis, sendo que uma parcela expressiva é destinada para fornecedores de produtos e prestadores de serviços. Mais de mil deles – de 52 setores, que representam 25% do PIB nacional – participarão da 41.ª edição da Equipotel, maior feira de hospedagem e alimentação da América Latina, que acontece em São Paulo de 23 a 26 de setembro. Katia informa que cerca de 30 empresas paranaenses já reservaram estandes. “Os setores moveleiro, eletrônico, automobilístico e equipamentos pesados para copa, cozinha e lavanderia são os que apresentam maior representatividade”, aponta. No ano passado, a feira atraiu 55 mil visitantes.
A organização da Equipotel não divulga a previsão de negócios gerados durante o evento. “Os contatos feitos na Equipotel geram vendas a curto, médio e longo prazo”, resume Katia. Mas segundo ela, as perspectivas são favoráveis. Um dos motivos é a política que o governo federal está adotando no setor. “Hoje existe o Plano Nacional de Turismo (PNT), em que o governo brasileiro está vendo o turismo como um dos grandes segmentos econômicos com capacidade para alavancar empregos, gerando divisas e maior arrecadação de impostos”, considera.
Entre as ações já colocadas em prática, Katia cita a criação de um ministério exclusivamente do turismo, “que era uma reivindicação do trade há muitos anos, além do fato de a Embratur estar exclusivamente voltada para promover o turismo brasileiro no exterior”. A Embratur planeja aumentar para 6,5 milhões o fluxo de turistas estrangeiros no País; incrementar para 57 milhões o fluxo de turistas nacionais; gerar 500 mil empregos e elevar para US$ 5 bilhões a receita cambial turística.