Grevistas desativam caixas automáticos

Funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF) de Curitiba e Região Metropolitana, em greve desde a última sexta-feira, decidiram ontem desligar boa parte dos caixas automáticos do banco, provocando uma corrida de clientes às casas lotéricas. “Foi uma forma dos empregados pressionarem a negociação”, explicou o diretor de Formação Sindical do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana, Antônio Luiz Firmino. Segundo ele, as 44 agências da Grande Curitiba estão fechadas. Além disso, das 169 agências do Paraná, 154 não estariam funcionando, conforme o sindicato.

Uma assembléia ontem à noite decidiria se a paralisação teria continuidade. Ontem foi realizada nova rodada de negociações entre a direção do banco e a Confederação Nacional dos Bancários (CNB). Em São Paulo, os funcionários da CEF decidiram manter a paralisação, iniciada na semana passada. De acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, os trabalhadores farão hoje, às 14h, uma nova assembléia para analisar a proposta dos representantes do banco.

A continuidade da greve foi aprovada por unanimidade por 1.701 trabalhadores. Os empregados também aprovaram a realização de passeata pelas ruas centrais da cidade, amanhã, logo após a assembléia. De acordo com o sindicato, a greve já dura oito dias e atinge 22 estados. A paralisação é total em Pernambuco, Cuiabá e Curitiba. Em São Paulo, a adesão chega a 80% e no Rio de Janeiro a 95%.

O presidente da Confederação Nacional dos Bancários (CNB), Wagner Freitas, afirmou nesta terça-feira que a greve dos trabalhadores da Caixa Econômica Federal está “muito forte nas capitais e crescendo nas cidades do interior”. Segundo ele, não é verdadeira a informação da instituição, de que 86% das agências funcionam normalmente ou parcialmente. Segundo ele, a greve continua porque a Caixa não quer cumprir o que foi acordado com a Federação Nacional dos Bancos, um reajuste de 12,6% nos salários de todos os funcionários, sem distinção de cargos e salários.

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