Gabrielli defende novo marco regulatório do petróleo

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, voltou a defender nesta quarta-feira (28) uma mudança no marco regulatório do setor de petróleo no País, a partir das descobertas da camada pré-sal. Durante palestra no 20º Fórum Nacional, no Rio de Janeiro, o executivo afirmou que o Brasil tem nas mãos a chance de "modificar qualitativamente no mercado internacional.

"O pré-sal é uma área de alta propensão exploratória. Apenas um dos blocos em área pequena, em relação ao restante, tem cinco a oito bilhões de barris. Isso exigirá volume de investimentos gigantescos. Esta situação abre oportunidade de modificar qualitativamente o Brasil no mercado internacional", afirmou Gabrielli.

O presidente da petrolífera ressaltou que "mesmo sem considerar as enormes descobertas do pré-sal, temos condições de ser um dos grandes players (participantes) no mercado internacional já com o crescimento de produção da Petrobras previsto para os próximos anos".

Gabrielli destacou ainda que "evidentemente o Brasil poderia rumar para o caminho tradicional" que seria de exportar petróleo bruto, como já fazem outros países. "Mas temos a chance de ser um grande refinador e exportar derivados, produtos de maior valor agregado", lembrou. Ele alertou, no entanto, para o fato de que haverá necessidade de maior infra-estrutura para atender a demanda da Petrobras nesta expansão.

Internacional

Ainda durante o Fórum, ele destacou a expansão da Petrobras no mercado internacional. "Essencialmente nossa internacionalização no início dos anos 70 era centrada em busca de áreas para atender a nossa demanda no mercado interno. Depois das descobertas na Bacia de Campos, nossa intenção no mercado internacional era incrementar nossa produção. Partimos em busca da complementação e nossa meta era de chegar a 500 mil barris por dia. Já na última década iniciamos um processo de expansão forte de nossas atividades, com pioneirismo no Golfo do México, com a aquisição de refinarias e também atuando na costa da África", afirmou.

Ele reconheceu também um "desgaste da imagem da empresa com relação à crise com a Bolívia no ano passado". "Conseguimos vender a refinaria depois de discussão pública", lembrou.

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